Cerca de dois mil trabalhadores terceirizados da Petrobras paralisaram as obras do módulo 3 da Unidade de Tratamento de Gás Natural de Cacimbas, localizada em Linhares, no Espírito Santo. Os operários querem reajuste de 6,18% – o mesmo que foi negociado na convenção coletiva dos metalúrgicos capixabas em novembro do ano passado. Os trabalhadores, que são empregados das empresas Barafame, Paranasa, Agemor, Baltazar, entre outras contratadas pela Petrobras, também reivindicam pagamento das horas extras.

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Os trabalhadores querem o pagamento de 65% sobre as duas primeiras horas extras e de 100% para a terceira hora extra em diante, no caso dos dias normais da semana. Já sobre todas as horas extras dos finais de semana e feriados eles reivindicam 100% de acréscimo. Os operários querem o pagamento de 75% sobre a hora in itinere, ou seja, o tempo de transporte de Linhares até o canteiro de obras e o pagamento de todos os dias parados. A Petrobras não quis se manifestar sobre a paralisação.

“Agora, a Petrobras deverá participar das negociações e assim resolver a situação dos trabalhadores, pois a previsão de que a UTGC estivesse pronta em junho deste ano para entrar em operação nos meses seguintes, está comprometida”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ES (Sindimetal), Roberto Pereira de Souza.

Para a empresa, a paralisação da obra de expansão da unidade não traz prejuízos, principalmente porque as máquinas no local já estavam operando bem aquém de sua capacidade, devido à elevada oferta de gás natural no país.

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