Economia

Tensões comerciais entre EUA e China ainda não foram superadas, diz Fitch

A Fitch avalia que o acordo comercial de “fase 1” fechado entre EUA e China compensa boa parte dos danos causados à perspectiva comercial e de atividade da economia mundial em meio aos planos anteriores de Washington de elevar tarifas a importações chinesas em outubro e dezembro. Segundo a agência de classificação de risco, no entanto, as tensões comerciais continuam elevadas e a possibilidade de uma nova escalada permanece sendo um risco significativo.

Como resultado do acordo, a Fitch elevou sua previsão para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) da China em 2020, de 5,7% para algo em torno de 6%. “Isso irá, por sua vez, sustentar a perspectiva da economia global, ajudando o crescimento do PIB global a se estabilizar em 2020, depois de desacelerar de 3,2% em 2018 para 2,6% este ano”, previu a agência.

Para a Fitch, no entanto, a guerra comercial sino-americana parece estar longe do fim, mesmo com o acordo de “fase 1”, uma vez que as tarifas efetivas dos EUA a importações chinesas vão continuar muito acima do nível de cerca de 3% em que estavam antes do início da disputa.

Além disso, a Fitch acredita que tensões estratégicas subjacentes vão continuar entre EUA e China, principalmente em áreas como tecnologia, que representam “um grande obstáculo para a resolução total da guerra comercial”.

A agência ressalta ainda que as tendências de demanda da China podem complicar os esforços de Pequim de elevar exportações dos EUA, como prevê o acordo.

No mês passado, a Fitch reafirmou o rating da China em A+, com perspectiva positiva.

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