O Ibovespa renovou sucessivas mínimas e passou a operar abaixo do suporte histórico dos 100 mil pontos na manhã desta quinta-feira, 27. De acordo com Daniel Herrera, analista da Toro Investimentos, o adiamento da votação da reforma da Previdência está trazendo desconforto. “A expectativa é que seja antes do recesso, mas se começa a adiar reduzir a chance de ser votada.” Às 11h12, o Ibovespa recuava 1%, aos 99.709,12 pontos. Entre as blue chips, neste horário, apenas a Vale ON subia (0,31%).

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Antes disso, houve um momento de desaceleração do ritmo de queda que coincidiu com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), dizendo que ainda tenta incluir Estados e municípios na reforma da Previdência e que a expectativa de votação do texto na Comissão Especial é na próxima terça-feira, 2.

Nem mesmo a abertura positiva das bolsas de Nova York foi capaz de reduzir o mau humor do mercado acionário local onde todas as atenções parecem estar voltadas para o que ocorre na reta final da reforma previdenciária.

Pouco antes do fechamento deste texto, líderes que estiveram reunidos mais cedo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disseram que a leitura do voto complementar à reforma da Previdência, que deveria ter acontecido hoje, deve ser realizada na próxima terça-feira, no período da tarde, na comissão especial que analisa a matéria.

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Segundo o líder do Novo na Câmara, deputado Marcel Van Hattem (RS), terça-feira é a data provável de leitura do voto complementar do relator Samuel Moreira (PSDB-SP), após a reunião de Maia com governadores, que deve ocorrer pela manhã.

No exterior, as bolsas de Nova York operavam em alta no início do pregão, embora o índice Dow Jones, pressionado pelas quedas nos papéis da Boeing, esteja volátil e registrando momentos no campo negativo.

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A Boeing está caindo desde que a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) anunciou, ontem, que foi encontrado um problema na aeronave 737 Max.

E os investidores seguem especulando sobre possíveis resultados do encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, marcado para sábado, 29, na reunião do G-20, no Japão. Os líderes devem conversar sobre a guerra comercial.

Na manhã de hoje, surgiram rumores de que Pequim deve impor uma série de restrições para fechar um acordo, o que não foi suficiente para pressionar o mercado acionário em Nova York.