O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, afirmou nesta segunda-feira “invejar” os números dos Estados Unidos na economia. “Mas somos países de tamanhos que não são comparáveis”, ponderou, em coletiva de imprensa conjunta com o presidente americano, Donald Trump, na Casa Branca.
O visitante em Washington classificou como “fundamental” o entendimento alcançado entre Trump e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, por esforços para uma convergência entre as partes no comércio. E reassegurou que Roma está preparando reformas estruturais na economia, que serão submetidas ao crivo da União Europeia. “Não quero que a reforma tributária seja deixada de lado. Nos EUA, foi um sucesso”, elogiou Conte.
Ao seu lado, adotando postura já conhecida no comércio global, Trump retribuiu as palavras elogiosas, prevendo que a Itália “vai se sair muito bem economicamente” e prometendo que os EUA ajudarão nesse processo. “A Itália precisa de liderança na economia e eles têm isso agora.”
Brevemente, contudo, revelou-se o outro lado do discurso. “Temos um déficit comercial de US$ 31 bilhões com a Itália e discuti isso com Conte. Estou seguro de que acertaremos isso bem rapidamente”, comentou. “Quero recomendar o comércio com a Itália. É um ótimo lugar com ótimas pessoas.”
Questionado sobre se teria conselhos aos governantes italianos a partir do desempenho “estrelar” da economia americana durante o seu mandato, Trump respondeu, inicialmente, que preferia não interferir em assuntos internos, mas não se furtou a comentar que o país europeu “tem muita regulação”. “As regulações são horríveis. Eles demoram 10 anos para aprovar a construção de uma ponte ou de uma rodovia. É importante cortá-las massivamente”, orientou.
Ainda assim, o líder da Casa Branca declarou ser agora “a hora perfeita” para expandir o comércio americano com a Itália. E reforçou estar trabalhando com “parceiros europeus, incluindo a Itália”, por comércio justo.