O analista político Rafael Cortez, da Tendências Consultoria, acredita que o presidente Jair Bolsonaro acertou nas questões que escolheu para destacar em seu discurso em Davos, como a abertura comercial e o ajuste fiscal, mas avalia que ele poderia ter sido um pouco mais incisivo nas medidas que pretende adotar para atingir esses objetivos.
“Do ponto de vista de diagnóstico, o discurso foi na direção correta. Não houve erro grosseiro. Pelo contrário, teve capacidade de sintonizar o discurso com agendas que de fato representam uma preocupação, que são atributos importantes para um país que deseja atrair poupança externa e integração econômica”, disse Cortez.
Bolsonaro, no entanto, poderia ter explicado como pretende atuar, acredita o analista. “Houve pouca ambição na descrição”, disse. De qualquer forma, considera que é natural o presidente se estender pouco na agenda econômica, uma vez que discursar sobre esse tema “não é o forte” dele.