A tendência de queda na taxa de desemprego se reverteu no segundo semestre de 2014, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta terça-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As taxas médias de desocupação começaram 2014 em patamar muito inferior às de 2013, mas acabaram com essa distância já no terceiro trimestre do ano passado.
“A tendência era favorável, situação que se reverteu, embora não seja uma alteração muito significativa. No período recente, o quadro foi de aumento da desocupação. Mas quando faz a média do ano, o quadro ainda é favorável”, ressaltou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
No primeiro trimestre do ano passado, a taxa de desemprego foi de 7,1%, ante 8,0% no mesmo período de 2013. No segundo trimestre, a taxa recuou para 6,8%, ante os 7,4% registrados no segundo trimestre de 2013. No terceiro trimestre, o resultado de 6,8% de 2014 praticamente se igualou ao verificado no terceiro trimestre de 2013. No último trimestre do ano, porém, o resultado se inverteu: a taxa de desemprego de 6,5% no ano passado foi superior à de 6,2% registrada no último trimestre do ano anterior.
“Embora o (resultado do) quarto trimestre de 2014 fosse maior que o do quarto trimestre de 2013, o saldo foi positivo para o ano em todas as regiões. Não houve uma região que tivesse resultado negativo”, ponderou Azeredo.
A taxa média de desemprego em 2014 foi de 6,8%, contra um resultado de 7,1% em 2013. Na região Norte, a taxa de desemprego caiu de 7,7% em 2013 para 7,1% em 2014; no Nordeste, passou de 9,5% para 8,8%; no Sudeste, de 7,0% para 6,8%; no Sul, de 4,2% para 4,1%; e no Centro-Oeste, de 5,8% para 5,5%.
