O preço do petróleo em Nova York chegou a encostar nos US$ 52 nesta quinta-feira, com os temores quanto à reunião da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) no dia 16 de março e com a persistência do frio nos EUA, o que aumenta o consumo de combustível para calefação.
O barril para entrega em abril fechou cotado a US$ 51,39 na Bolsa Mercantil de Nova York, alta de 0,43%. Em Londres, o barril do petróleo Brent fehou cotado a US$ 49,40, alta de 1,83%.
Os investidores do mercado petrolífero temem que o cartel venha a reduzir sua atual cota de produção (27 milhões de barris por dia) na reunião de março. Com o consumo sempre crescente da China, teme-se que uma redução na produção venha a causar uma escassez do produto no mercado, levando a valores ainda mais altos o barril – que atingiu em outubro do ano passado o recorde de US$ 55,67.
O relatório semanal do Departamento de Energia dos EUA, divulgado ontem, não chegou a causar movimentos significativos nas cotações. O relatório mostrou uma queda de 600 mil barris no estoque de petróleo na semana passada, totalizando 297 milhões de barris, 8% acima do nível de um ano atrás. O estoque de gasolina aumentou em 1,8 milhão de barris, totalizando 223,5 milhões de barris, 9% acima do nível do mesmo período de 2004.
O estoque de destilados -que inclui óleo diesel, combustível para aquecedores e querosene de aviação – caiu em 700 mil barris, indo para 111,8 milhões de barris, 3,5% abaixo do nível de um ano atrás. A persistência do clima frio nos EUA deve manter a pressão sobre o estoque de destilados, mas com o fim do inverno no hemisfério Norte à vista, a demanda deve cair -juntamente com os preços.
A desvalorização do dólar apresenta o risco de que os preços do petróleo subam para compensar as perdas cambiais. O governo da Coréia do Sul anunciou anteontem que, apesar do plano de aumentar suas reservas monetárias em outras moedas, não pretende vender suas reservas em dólar, o que evitou desvalorizações maiores da moeda americana.