O preço do petróleo em Nova York fechou em alta ontem. O departamento de Energia dos EUA divulgou um aumento nos estoques de gasolina e de petróleo no país na última semana, mas os investidores temem agora uma eventual escassez de destilados, como óleo diesel e combustível para calefação, no segundo semestre. O barril para entrega em julho, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, fechou cotado a US$ 55,03, alta de 2,61%.

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O preço do petróleo chegou a recuar anteontem com a divulgação do relatório semanal sobre estoques de petróleo e destilados do Departamento de Energia dos EUA. No relatório, o departamento anunciou um aumento de 1,4 milhão de barris, totalizando 333,8 milhões de barris da commodity estocados no país na semana passada, 11% acima do registrado no mesmo período de 2004.

O estoque de gasolina cresceu 1,3 milhão de barris no período, totalizando 216,7 milhões de barris do combustível estocados nos EUA, 6% acima do nível do ano passado no mesmo período.

As expectativas de uma possível falta de destilados do petróleo, como óleo diesel e mesmo combustível para aquecedores, devido à concentração das refinarias americanas na produção de gasolina para atender a demanda no verão do hemisfério Norte e as previsões nos EUA de uma nova onda de furacões na região do golfo México (onde se concentram muitas refinarias americanas) pressionam as cotações, no entanto.

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No ano passado, os furacões na região causaram muitos prejuízos, levando algumas refinarias a interromper sua produção.

A Comissão Européia (o Executivo da União Européia) considera pedir à Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) que aumente sua cota de produção, em uma reunião que deve acontecer no dia 9 deste mês, disse ontem o porta-voz da Comissão de Energia da UE, Rupert Krietemeyer. ?A garantia da oferta será a questão principal a ser abordada e a comissão pedirá à Opep que aumente sua produção?, disse Krietemeyer.

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O presidente da Opep, xeque Ahmed Fahd al Sabah, disse na quarta-feira (dia 1.º), no entanto, que o cartel deve manter seu atual nível de produção em sua próxima reunião, no dia 15 deste mês, em Viena (capital da Áustria).