Em um discurso a senadores da base aliada, o presidente Michel Temer evitou bater diretamente na tecla da reforma da Previdência, como fez na segunda-feira, 6, a lideres da Câmara quando admitiu que ela pode não ser aprovada, mas fez um apelo pelas “reformas”. “(Faço) o apelo de que nós insistíssemos um pouco na sequência das reformas fundamentais para o País”, disse, já no fim do seu discurso que foi divulgado pela assessoria de imprensa do Planalto.

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Na segunda, aos líderes da Câmara, Temer afirmou que a reforma da Previdência fecharia o ciclo das reformas. Hoje, entretanto, aos senadores, destacou essa posição para a reforma tributária. “Se conseguirmos fazer uma simplificação tributária teremos praticamente fechado um ciclo de reformas importante para o nosso País”, disse. “Quero fazer uma simplificação tributária. Eu já não falo tanto em reforma tributária, porque tantas vezes falamos em reforma tributária que o vocábulo, a expressão ficou um pouco gasta”, reconheceu.

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Temer voltou a dizer que as denúncias da Procuradoria-Geral tiveram como objetivo tentar impedi-lo de nomear o sucessor de Rodrigo Janot e que elas atrapalharam o País. “Hoje está mais do que nunca, e tomo a liberdade de dizê-lo mais uma vez, está robustamente demonstrado que o que se procurou na verdade foi impedir o prosseguimento da Presidência por um gesto mesquinho, menor, pequeno, de dimensão ínfima que era impedir o presidente de nomear o sucessor. Foi uma coisa assim de tamanho minúsculo. E isto lamentavelmente atrapalhou o País”, destacou.

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O presidente agradeceu o apoio dos senadores e disse ainda que “até hoje” seu governo não teve nenhuma negativa do Congresso Nacional. “Tudo foi aprovado”, afirmou. “Foi um governo de 16 meses que ganhou uma velocidade extraordinária sem embargo daqueles que queriam colocar pedras nos caminhos, porque as pedras nos caminhos foram superadas”, disse.

Assim como fez aos deputados, Temer elencou uma série de dados econômicos que atribuiu ao seu governo. “Eu não estou falando de um governo de 4 anos ou de 8 anos, mas de 17, 18 meses, sendo que nos 4 meses inaugurais foram de interinato. E nós conseguimos fazer com toda modéstia de lado e com apoio do Congresso Nacional coisas e questões que eram tratadas ha muito tempo e que jamais foram levadas à frente. Basta verificar os índices”, afirmou.

Temer destacou que, mesmo com as “atitudes desarrazoadas, para não dizer irresponsáveis”, o País não parou. “Porque as pessoas diziam: “Agora o País vai parar” e não parou graças à nossa natural resistência. Ou para usar um termo muito em moda hoje, nossa resiliência”, destacou. “Nós conseguimos sustentar o governo ao longo desse período, mas naturalmente com apoio do Congresso.”