O presidente da República, Michel Temer, usou nesta terça-feira, 6, as redes sociais para se mostrar otimista em relação a possibilidade de o Mercosul e União Europeia fecharem um acordo. Ao comentar a conversa que teve nesta terça com o presidente do Paraguai, Horário Cartes, Temer citou também que na segunda-feira recebeu telefonemas do primeiro-ministro de Portugal, Antônio Costa, e do presidente do Governo da Espanha, Mariano Rajoy, para tratar do tema. Segundo o presidente brasileiro, os europeus deram “a garantia de que a União Europeia está empenhada em fechar a negociação do acordo com o Mercosul”.

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“Ambos me reiteraram o interesse em vencer as últimas contendas para que o acordo Mercosul-União Europeia seja fechado no menor prazo. Na ocasião, eu também revelei meu empenho nessa direção”, escreveu o presidente.

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Pouco antes do fechamento deste texto, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República informou sobre a conversa de Temer com Cartes, mas disse apenas que os dois conversaram “sobre a negociação para a conclusão do acordo Mercosul – União Europeia”, sem dar mais detalhes sobre a conversa.

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Negociado desde 1999, o entendimento esteve perto de uma conclusão em 2004. Mas o Mercosul considerou na época que a oferta dos europeus era insuficiente. O processo ficou congelado por anos e, em 2016, voltou a ser negociado. O objetivo do governo de Michel Temer era de anunciar o tratado em dezembro do ano passado. Mas, com uma oferta de abertura dos europeus uma vez mais insuficiente, o processo acabou não sendo concluído.

No fim de janeiro, depois de meses de entusiasmo com um eventual acordo entre Mercosul e União Europeia, o governo brasileiro admitiu que um entendimento de livre-comércio com o bloco europeu estava “difícil” de ser concluído.

Na época, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, revelou que em sua passagem por Bruxelas notou que a resistência por um acordo entre parte dos europeus era elevada. “Acho difícil fechar esse acordo”, admitiu o ministro na ocasião.

O entendimento entre Mercosul e Europa era de que, depois de uma oferta dos sul-americanos em dezembro, era o momento de Bruxelas avaliar como poderia fazer uma nova oferta que pudesse atender aos interesses comerciais dos exportadores brasileiros e argentinos.