O presidente Michel Temer disse em entrevista à NBR, único canal autorizado a entrar no hotel onde está hospedado em Buenos Aires, que defenderá durante a reunião de líderes do G-20, que começa nesta sexta-feira, 30, o “multilateralismo e não o isolacionismo” e que vai mostrar os avanços obtidos com a mudança das leis trabalhistas e falar da recuperação da economia brasileira.

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A reunião do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que acontece nesta sexta-feira às margens do encontro do G-20, vai selar a abertura de uma filial do banco de desenvolvimento do grupo em São Paulo e possivelmente outro escritório em Brasília, disse.

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“O Brics vai instalar um escritório do banco em São Paulo, com uma filial até em Brasília. E este é um grande avanço para o Brasil. Ou seja, o Banco de Desenvolvimento do Brics, também estará presente no Brasil”, disse Temer. “Isso significa financiamentos para vários empreendimentos brasileiros.” O banco tem sede na cidade de Xangai, na China.

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Sobre sua agenda na reunião do G-20, Temer disse que o Brasil terá participação importante no encontro, mesmo considerando que ele está em fim de governo. “Esta é a quarta ou quinta reunião que eu participo no G-20, e o Brasil sempre teve uma presença muito significativa. Até porque vem defendo ao longo do tempo, como farei ainda nesta reunião, o multilateralismo e não o isolacionismo, e eu percebo que a maioria dos países tem exatamente a mesma tese.”

Ainda no G-20, Temer afirmou à NBR que vai destacar a recuperação da economia brasileira e falar das mudanças nas leis trabalhistas em seu governo. “Nós fizemos uma modernização na legislação trabalhista, que só neste ano já chegou a quase 800 mil carteiras assinadas. E fora a parte os chamado postos de trabalhos, que ultrapassam 1,5 milhão de postos de trabalho. Portanto, uma recuperação da economia e recuperação do trabalho, em função da modernização trabalhista.” Um dos três temas desta reunião do G-20 é o “futuro do trabalho”.

Temer participa nesta sexta das plenárias da reunião do G-20 e, à noite, tem um jantar oferecido pelo presidente argentino, Mauricio Macri, para os chefes de Estado. O brasileiro tem ainda nesta sexta duas reuniões bilaterais, com a Austrália e Cingapura.