Durante abertura da reunião de cúpula do Mercosul, em Brasília, o presidente Michel Temer cumprimentou publicamente o presidente da Argentina, Maurício Macri, pela aprovação no país vizinho da reforma da Previdência. Em seu discurso, Temer disse que o Brasil está fazendo muitas reformas e que uma das propostas a serem levadas adiante também é a mudança na Previdência. “Quero cumprimentar a Argentina, por meio do presidente Maurício Macri, que conseguiu uma expressiva vitória em torno da reforma da Previdência em seu país”, declarou.

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Temer já tinha cumprimentado Macri pela aprovação da reforma logo na chegada do presidente argentino no Palácio do Itamaraty. Temer disse a Macri que a Argentina era um exemplo ao Brasil.

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Em uma mensagem voltada para a Venezuela, suspensa do bloco, Temer defendeu a democracia e disse que essa defesa não significava impor políticas “a quem quer que seja”. Temer relembrou que a democracia foi conquistada na região “com grande custo” e enfatizou que “cabe a nós defendermos” esse valor. Para Temer, defender a democracia significa manter fidelidade aos compromissos assumidos no Mercosul ao longo de duas décadas, principalmente nos momentos onde direitos fundamentais são postos em xeque.

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O presidente brasileiro afirmou que o Mercosul continuará ao lado da liberdade de expressão e dos direitos humanos e que a suspensão da Venezuela do bloco era “uma medida que se impunha”. “Queremos que a nação venezuelana, de volta à democracia, possa também voltar ao Mercosul, onde será recebida naturalmente de braços abertos”, declarou.

Em um discurso de aproximadamente 10 minutos, o presidente brasileiro disse que o Mercosul conclui o ano revigorado e que o momento é de convergência de propósitos. Temer destacou que o ano foi de resgate da vocação original do bloco e a conclusão, com êxito, do acordo de contratações públicas, onde a gestão pública poderá se beneficiar com a redução de custos. O presidente do Brasil destacou que agora estão aprimorando a dimensão regulatória do Mercosul, passando a uma fase de derrubar barreiras e reduzir burocracia. “Seguimos reduzindo barreiras”, comemorou.

Temer enfatizou que a integração “é uma obra em permanente construção” e apontou como prioridade a segurança cibernética, já que é o “desafio dos novos tempos”. “Proponho desde já um diálogo inicial para identificarmos medidas já adotadas em casa um de nossos países com vistas a mitigar os riscos de um ambiente cibernético em constante transformação”, acrescentou.

Aos colegas representantes da Argentina, Uruguai, Paraguai, Guiana e Bolívia, Temer pregou o fortalecimento e abertura da Organização Mundial do Comércio (OMC) e fez um balanço dos acordos firmados pelo bloco, entre eles o acordo com o Egito, o estreitamento dos laços com a aliança do Pacífico e a negociação com a União Europeia. Temer disse que na cúpula será adotada declaração que registra avanços em corredores bioceânicos e que o bloco está pronto para negociar com Canadá e Coreia do Sul.