O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que os economistas ortodoxos têm medo do crescimento econômico. "Tem gente que tem medo do crescimento. Os ortodoxos costumam ter medo do crescimento, acham que ele traz desequilíbrios econômicos, o que não é verdade", disse em seu discurso na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) no Palácio do Planalto.

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Mantega afirmou que no passado analistas diziam que a economia não podia crescer mais de 3%, depois não podia avançar mais de 3 5% e, mais tarde, 4%, e estes "mitos" foram sendo derrubados com a taxa crescimento médio de 4,5% nos últimos quatro anos. Ele fez referência a um analista que disse ontem que o Brasil não poderia ter expansão da ordem de 5%, que é o ritmo atual da economia, sem que isso causasse problemas de desequilíbrio. "Vamos derrubar este mito também", acrescentou.

O ministro destacou que o crescimento atual do Brasil não é efêmero e está sendo impulsionado pelo mercado interno. Segundo ele, sua virtude é que ocorre com redução das desigualdades sociais, o que é um feito inédito no País.

Ele destacou que o Brasil está constituindo um mercado de consumo de massa, por meio da alta do emprego, renda, salário mínimo e de uma revolução no crédito, que está em aceleração, além dos programas sociais de combate à pobreza.

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O aumento da demanda, segundo o ministro, está sendo o fator propulsor dos investimentos e do processo de modernização da produção brasileira e do aumento na capacidade de oferta.