As concessionárias de telefonia fixa propuseram à Anatel um aumento linear de 7,27% para as tarifas a partir de julho. Isso significa que todos os itens da cesta de tarifas (assinatura básica, habilitação e pulso) terão o mesmo índice de correção.
O reajuste anual está sendo negociado com a Anatel desde o início de junho. A expectativa das empresas é a de que o aumento seja autorizado pela agência nesta semana para entrar em vigor na data prevista (2 de julho). As empresas terão que publicar nos jornais de grande circulação anúncios informando sobre o reajuste dois dias antes de entrarem em vigor.
Pelo contrato de concessão, as empresas poderiam aumentar um dos itens da cesta de tarifas em até 9 pontos percentuais acima do IGP-DI do período (8,36%), desde que essa alta fosse compensada em outros itens. Isso faria com que o aumento de um dos itens chegasse a 17%.
Em anos anteriores, as empresas concentraram o reajuste na assinatura mensal, que é paga todo mês pelos consumidores independentemente do tempo em que o telefone é utilizado.
As empresas evitam polêmica no reajuste a fim de evitar contestações como as ocorridas nos últimos dois anos, quando o assunto foi discutido na Justiça, e o índice homologado pela Anatel acabou sendo reduzido.
Segundo o presidente da Abrafix (Associação Brasileira das Prestadoras do Serviço Telefônico Fixo Comutado), José Pauletti, o reajuste linear é mais simples, e não deve causar nenhum tipo de reação. ?O que a gente quer é resolver logo a situação?, disse.
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