Foto: Arquivo

Ligações de telefone fixo ficaram mais caras.

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O reajuste no preço do minuto do telefone fixo pressionou, e as tarifas públicas subiram 0,44% em outubro em Curitiba. A variação ficou acima da inflação medida tanto pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que foi de 0,16% em Curitiba, como pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que ficou em 0,06%. Com esse resultado, os preços administrados e monitorados acumulam no ano alta de 1,12% e, nos últimos 12 meses, variação de 1,61%. Os dados fazem parte da pesquisa divulgada ontem pelo Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge-PR) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, regional Paraná (Dieese-PR).

?O item que mais pressionou foi a telefonia fixa?, destacou o presidente do Senge-PR, Ulisses Kaniak. Ao contrário de anos anteriores, quando o valor do pulso era reajustado com a assinatura básica, este ano as datas de reajuste foram diferentes – isso para evitar confusão, já que a medição por pulsos foi substituída por minutos, conforme determinação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No Paraná, o minuto da ligação local da Brasil Telecom ficou 2,13% mais caro desde o dia 1.º de outubro.

Além da telefonia, outros itens que pesaram no bolso do curitibano no mês passado foram transporte coletivo – alta de 1,07%, por conta do maior número de dias úteis na comparação com setembro -, óleo diesel (0,44%) e gasolina (0,08%). O único item com queda no preço foi o gás de cozinha (-0,20%).

A variação das tarifas públicas de outubro foi a segunda maior no ano, atrás apenas de agosto, quando a alta havia sido de 1,07%. Em setembro, os preços administrados haviam caído 0,28%.

Combustíveis

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Os combustíveis, que historicamente pressionam as tarifas públicas em Curitiba – seja com alta, seja com queda -, seguem com os preços estáveis. Desde julho, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), os preços têm permanecido praticamente os mesmos. ?Os preços subiram em julho e não caíram mais?, observou o economista Sandro Silva, do Dieese-PR. Segundo a ANP, na terceira semana de julho o litro da gasolina comum custava, em média, R$ 2,381 em Curitiba. Na semana seguinte, passou para R$ 2,457 e, desde então, o preço médio tem oscilado pouquíssimo.

No mês passado, o preço médio da gasolina comum em Curitiba ficou em R$ 2,471, com alta de 0,08% sobre setembro. Em outras 15 capitais pesquisadas pelo Dieese, houve queda no preço em nove e alta em cinco – o maior aumento (13,24%) foi registrado em Goiânia e a maior queda em Recife (-4,92%).

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Na comparação com outras cidades do Paraná, Curitiba ocupa a 15.ª posição no ranking entre 31 municípios pesquisados. O maior preço médio da gasolina está em Castro (R$ 2,537) e o menor em Cambé (R$ 2,314).

Com relação ao álcool combustível, cujo preço permaneceu estável em Curitiba, houve alta em apenas duas capitais no mês passado: Goiânia (22,45%) e Vitória (0,62%). Nas demais capitais o álcool ficou mais barato, com destaque para Fortaleza, que registrou a maior queda no preço: 3,31%.

Até o final do ano, o único item que ainda deve pressionar a cesta de tarifas públicas é o pedágio, cujo reajuste acontece em dezembro. Para novembro, a previsão é de estabilidade nos preços administrados.