Capacitar técnicos para atuar nas propriedades rurais e indústrias que atendem o programa Leite das Crianças é o objetivo do curso de capacitação em gestão e controle da qualidade do leite. Ofertado pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o curso conta com a colaboração da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH), e estão sendo ofertados em quatro cidades do Paraná: Curitiba, Cascavel, Guarapuava e Londrina. A regionalização dos cursos visa facilitar e baratear a participação dos técnicos das diferentes regiões do Estado.

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Segundo informações da Seab, cada curso será composto por seis módulos, com 95 horas de aulas teóricas e práticas e 25 horas para atividades complementares para a apresentação do relatório técnico, onde os alunos deverão acompanhar um produtor que fornece o leite para o programa.

De acordo com o médico veterinário da coordenadoria de planejamento e gestão estratégica para cadeia produtiva do leite, Francisco Perez Júnior, os módulos abordam, além de questões relacionadas à gestão, controle de enfermidades, prevenção e erradicação de doenças como brucelose e tuberculose, que o governo espera erradicar do estado a um médio prazo. “Os módulos vão orientar os técnicos como obter uma melhor qualidade do animal e do produto. Com isso, esperamos que haja um aumento da produtividade dos rebanhos leiteiros que atendem a esse programa do governo do Estado”, comenta.

Para o médico veterinário, a preocupação em manter sempre a qualidade do produto deve nortear o trabalho dos técnicos. “Nós temos falado muito sobre a questão da segurança alimentar. Assim que o leite sai do animal, ele tende a piorar. Trabalhamos então para que todo o processo do leite mantenha o máximo possível de sua qualidade e cuidamos ainda para que os bovinos leiteiros sempre tenham saúde. Se o animal estiver doente, vai gerar um leite ruim, o que significa que os seus derivados não terão uma boa qualidade. Como esses produtos serão consumidos por crianças, a preocupação é ainda maior”, enfatiza.

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O público alvo é voltado para técnicos com ensino médio, contudo, segundo Perez Júnior, pessoas com curso superior têm se interessado em cursa-lo. “A maioria dos alunos tem formação técnicas, mas temos turmas em que há médicos veterinários, agrônomos, zootecnistas e biólogos. Isso demonstra a qualidade do curso e ficamos satisfeitos com essa procura, que tem sido grande”, conclui.

Para mais informações sobre o curso de capacitação em gestão e controle de qualidade do leite, o e-mail para contato é uhlig@seab.pr.gov.br ou osmarb@seab.pr.gov.br. O curso é gratuito, porém o deslocamento, alojamento e alimentação são de responsabilidade do participante.

Equipamento fará análise rigorosa do produto

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Um equipamento eletrônico conhecido como contador eletrônico de bactérias totais (CBT), que serve para otimizar as análises da qualidade do leite, é o novo investimento do governo do Estado para a pecuária leiteira. O aparelho teve sua importação dos Estados Unidos autorizada recentemente pelo governo, e vai auxiliar no aperfeiçoamento de métodos para garantir que o leite obtenha uma boa qualificação. A compra do equipamento é para atender à Instrução Normativa IN-51, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que corresponde ao programa nacional de melhoria da qualidade do, leite. O investimento feito pelo governo é de R$ 570 mil.

Por ser o pioneiro no País na instalação dessa aparelhagem, o Paraná sai na frente de outros estados para fazer uma análise mais rigorosa do leite. O equipamento irá realizar, em um primeiro momento, as análises do leite do programa Leite das Crianças. Ele possui a capacidade para analisar 150 amostrar do produto por hora para a contagem bacteriana. De acordo com a Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab), a IN-51 exige que os produtos de origem láctea das indústrias tenham amostras coletadas e enviadas para laboratórios credenciados pelo ministério para análises do leite.

O aparelho está instalado no laboratório da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH) e conta com a parceria da Universidade Federal do Paraná (UFPR).