Obra

TCP anuncia investimento no Porto de Paranaguá

O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) está investindo R$ 141 milhões na aquisição de novos equipamentos e na ampliação do cais em 315 metros, que totaliza 880 metros de extensão.

A obra, quando concluída, vai permitir a operação simultânea de três navios porta-contêineres. Hoje a capacidade é de atendimento a dois navios ao mesmo tempo. O TCP tem concessão estadual para atuar em Paranaguá, especificamente na operação de contêineres.

O projeto de expansão começou a ser formulado em 2006, visando adequar o terminal ao aumento de volume e ao tamanho dos navios. A aquisição de equipamentos novos deve ser finalizada ainda neste ano. Já a obra de ampliação do cais ainda depende da licença de instalação, analisada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Ibama).

A licença por parte do órgão ambiental para o TCP é independente e não há qualquer relação com o processo de obtenção da licença do Porto de Paranaguá que está em trâmite no Ibama.

Há cerca de três meses o porto foi interditado em função da falta de licença ambiental para operação. A Administração do Porto de Paranaguá e Antonina (Appa) entregou na semana passada toda a documentação necessária para fechar o processo e agora aguarda posicionamento do órgão federal.

“A licença do Porto de Paranaguá é fundamental para todo o sistema”, comentou Juarez Moraes e Silva, diretor superintendente do TCP. O projeto para a intervenção no cais do terminal de contêineres já está pronto.

A estimativa é começar as obras no primeiro trimestre de 2011 e a conclusão deve ocorrer em 14 meses. Os recursos virão do próprio terminal e de financiamentos com bancos comerciais e de fomento, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Este vai repassar recursos para a obra do cais.

O TCP acredita que haverá um crescimento de 50% na operação após a conclusão das obras do cais e da aquisição de equipamentos. Tudo deve estar funcionando por completo em 20 meses.

“A demanda reprimida começará a voltar para Paranaguá. Nossos estudos comerciais indicam que existe uma demanda reprimida de 25% em relação ao que estamos movimentando”, afirmou David Simon Herranz, diretor geral do TCP.

O terminal de contêineres, em 2009, movimentou 606.624 TEUs (medida internacional que contempla o tamanho dos contêineres. Um TEU equivale a um contêiner de 20 pés.

Também há contêineres de 40 pés e, neste caso, a contagem são dois TEUs). Esse volume representou 3,8% de crescimento em relação a 2008. Em 2010, até setembro, o TCP já movimentou 485.410 TEUs, alta de 12% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Apesar da mudança nos governos estadual e federal no ano que vem, o TCP acredita que não haverá problemas no cronograma do projeto, pois as obras já foram aprovadas pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e pelo Conselho da Autoridade Portuária (CAP). “A expansão será construída no cais público e vai compor o patrimônio da União”, explica Silva.

A intervenção no terminal de contêineres deve gerar 200 empregos diretos e 100 indiretos durante as obras no cais e, depois, 90 empregos diretos e 500 indiretos permanentemente.

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