Apostas

Taxa Selic para março de 2012 segue em 10%

Analistas mantiveram a aposta para o comportamento da taxa Selic em 2012. De acordo com pesquisa Focus divulgada hoje pelo Banco Central (BC), o mercado manteve pela 15ª semana consecutiva a aposta de que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve reduzir a taxa básica da economia, a Selic, para 10% ao ano em março. Atualmente, a taxa está em 10,50%. Portanto, o mercado prevê redução de 0,50 ponto porcentual na reunião marcada para os dias 6 e 7 do próximo mês.

Para os analistas, em abril haverá redução adicional de 0,50 ponto porcentual, o que levaria a taxa para 9,50%. Após esse encontro, a Selic seguiria nesse patamar até o fim do ano, expectativa mantida há 11 semanas na pesquisa Focus.

Para 2013, o mercado prevê a retomada dos ciclos de aumento do juro básico da economia em março, quando o juro subiria 0,50 ponto, para 10,00%. Depois, é esperada elevação de 0,25 ponto em maio e também em junho, o que levaria a taxa para 10,50%. Esse patamar deve ser mantido até o fim do ano.

A pesquisa Focus mostrou ainda que analistas mantiveram a previsão de que a Selic média no decorrer de 2012 deve ficar em 9,69%, expectativa mantida há três semanas. Para 2013, a projeção de juro médio caiu ligeiramente, de 10,50% para 10,46%, ante 10,50% de um mês atrás.

Inflação

O relatório mostra que os analistas do mercado financeiro mantiveram a previsão de aumento da inflação em 2012, mas voltaram a elevar a expectativa para 2013. A pesquisa mostra que a mediana das estimativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano seguiu em 5,24%. Há um mês, estava em 5,28%, segundo a pesquisa Focus realizada com cerca de 80 analistas do mercado todas as semanas.

Para 2013, porém, foi repetida a trajetória observada uma semana antes e a aposta de inflação no próximo ano subiu mais uma vez: a mediana das expectativas passou de 5,02% para 5,11%, ante 5% registrados quatro semanas antes.

O IPCA é o índice de preços usado no regime de metas de inflação, cujo centro está em 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos porcentuais para mais ou menos. Ou seja, com limite mínimo em 2,5% e máximo em 6,5%.

Nesta semana, houve novamente recuo das expectativas para a inflação de curto prazo. Para fevereiro de 2012, a previsão de inflação caiu pela segunda vez seguida e passou de 0,48% para 0,47%. Para março, a expectativa seguiu em 0,45%. Há um mês, o mercado previa altas de 0,56% e 0,48%, respectivamente para cada um dos dois meses.

Apesar desse recuo da projeção para fevereiro, a projeção suavizada para o IPCA nos próximos 12 meses subiu de 5,27% para 5,28%. Há um mês, estava em 5,30%. No grupo dos analistas que mais acertam as previsões na pesquisa Focus do BC, a mediana das previsões para o IPCA em 2012 no cenário de médio prazo foi mantida em 5,18% após duas semanas seguidas de queda das expectativas. Para 2013, em trajetória contrária, houve elevação de 4,76% para 5,02%. Quatro pesquisas antes, esse grupo apostava em altas de 5,41% e 5,25%, respectivamente.

IGPs

Essa foi a quarta semana consecutiva de redução das previsões para a inflação medida pelos IGPs em 2012. De acordo com a pesquisa Focus, a mediana das estimativas para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2012 caiu de 4,65% para 4,64%, na quarta diminuição seguida.

Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que reajusta a maioria dos contratos de aluguel, a previsão recuou de 4,62% para 4,60%, movimento também repetido há um mês. Quatro pesquisas atrás, analistas apostavam em altas de 5,01% para o IGP-DI e de 5% para o IGP-M em 2012.

Para 2013, a aposta para o IGP-DI seguiu a mesma trajetória e passou de 4,93% para 4,90%. Para o IGP-M do próximo ano, a projeção foi mantida em 5%. Há quatro semanas, a previsão era, respectivamente, de 4,92% e 4,98% para os dois índices de inflação.

A pesquisa também mostrou que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em 2012 subiu nesta semana de 5,02% para 5,08%. Há um mês, a expectativa dos analistas era de alta de 5,22% para o índice que mede a inflação ao consumidor em São Paulo. Para 2013, a mediana das estimativas foi em tendência contrária e caiu de 4,88% para 4,85%, ainda acima dos 4,80% estimados há quatro semanas.

Economistas mantiveram ainda a estimativa para o aumento do conjunto dos preços administrados – as tarifas públicas – em 2012 em 4%, previsão repetida pela quinta semana. Para 2013, a previsão de alta dos preços administrados manteve-se em 4,50% pela 107ª pesquisa consecutiva.

PIB

O mercado financeiro manteve a previsão de crescimento da economia brasileira. De acordo com a pesquisa Focus, foi mantida a expectativa de que o Produto Interno Bruto (PIB) de 2012 avance 3,30%, aposta repetida pela terceira pesquisa seguida. Para 2013, analistas seguem com a aposta de crescimento de 4,10%, número repetido há duas semanas. Há um mês, o mercado previa expansão de 3,27% e 4,15%, respectivamente, para cada ano.

O levantamento semanal mostra ainda que a mediana das expectativas para o crescimento da produção industrial em 2012 reagiu após três semanas consecutivas de piora das e subiu de 2,50% para 2,60%. Quatro semanas antes, economistas trabalhavam com crescimento industrial de 3%. Para 2013, a expectativa de avanço do setor industrial também subiu e passou de 4% para 4,05%.

Analistas reduziram ainda a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2012, de 36,70% para 36,20%. Para 2013, a expectativa caiu de 35,05% para 35%. Há quatro semanas, as projeções estavam em, respectivamente, em 36,95% e 35,80% do PIB para cada um dos dois anos.

Câmbio

O mercado financeiro manteve todas as projeções para o dólar em 2012 e 2013 na pesquisa Focus. De acordo com o levantamento, a previsão para a taxa de câmbio no fim de 2012 e também no fim de 2013 foi mantida em R$ 1,75. A previsão para o dólar no fim deste ano foi mantida pela terceira pesquisa seguida. Para 2013, a aposta segue inalterada há 12 semanas. Há um mês, o mercado projetava o dólar a R$ 1,80 no fim de 2012 e a R$ 1,75 no ano seguinte.

 

Para o câmbio médio, o cenário é idêntico. A previsão de dólar médio em 2012 e também em 2013 é de R$ 1,75. Há um mês, analistas previam câmbio médio de R$ 1,78 em 2012. Para 2013, a expectativa segue inalterada há oito semanas.

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