Taxa de juros ainda é ferramenta contra inflação

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Rodrigo Telles da Rocha Azevedo, disse ontem que a taxa básica de juros ainda é o principal instrumento para alcançar a meta de inflação estipulada pelo governo e que é preciso ter confiança na sua eficácia. A afirmação foi feita após críticas de diversos setores da economia de que o aumento na taxa base não seria capaz de fazer com que a inflação termine o ano dentro da meta fixada pelo governo, e que seria preciso agir por meio da política fiscal – como reduzir os gastos do governo. O BC busca hoje uma meta de 5,1% para o IPCA.

?Nós continuamos confiantes na política monetária, e o instrumento que nós temos utilizado tem sido eficaz?, disse Azevedo. Ele lembrou que há uma defasagem entre a ação do BC e o resultado no mercado financeiro – em geral de seis a nove meses. ?Há uma certa ansiedade de ver resultados rápidos?, disse, durante debate promovido pela Febraban (federação dos bancos).

Sobre a possibilidade de o BC utilizar outro instrumento, como a elevação dos depósitos compulsórios – para retirar dinheiro do sistema financeiro -, Azevedo afirmou que o banco trabalha apenas para que haja condições de se reduzir as alíquotas do compulsório, mas em um prazo mais longo.

Ele disse também que não há excesso de recursos no sistema financeiro e que a política fiscal tem sido a mais adequada.

Em relação ao cenário internacional, Azevedo afirmou que o BC vê um mercado com muita liquidez e que os dados têm confirmado que a desaceleração da economia mundial está sendo bem menor que o esperado.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo