São Paulo – A taxa de desemprego permaneceu estável em janeiro, na comparação com dezembro último, em 14,2% da População Economicamente Ativa (PEA) de seis regiões metropolitanas: São Paulo; Salvador; Recife; Porto Alegre; Belo Horizonte e Distrito Federal. Em relação a janeiro dos anos anteriores, no entanto, esta foi a menor taxa desde 1998. No ano passado a variação havia atingido 15,3%.
Os dados são da pesquisa realizada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese). No período, o número de desempregados somou 2,803 milhões, 6 mil a mais do que em dezembro último. Esse resultado é conseqüência do corte de 26 mil vagas e da saída de 20 mil pessoas do mercado de trabalho.
?O comportamento não foi igual nas regiões pesquisadas?, ressaltou, entretanto, a economista Patrícia Lino, do Dieese. Houve estabilidade em Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre; redução em Salvador e elevação no Distrito Federal e em Recife. Patrícia considerou ?muito positivo? o resultado de estabilidade do conjunto, levando em consideração o fator sazonal. Ela explicou que, nesse período, as contratações são sempre menos dinâmicas.
O nível de ocupação teve variação negativa de 0,2%. Mas, isoladamente, cresceu em Salvador (1,3%), em Belo Horizonte (1%) e Porto alegre (0,9%) e caiu em São Paulo (0,8%), Distrito Federal (0,7% e Recife (0,4%). O comércio foi o segmento que mais contratou (42 mil) ou 1,5% acima de dezembro, enquanto o setor de serviços manteve-se em 0,2%, com 16 mil vagas. Em situação inversa, a indústria encolheu em 1,2%, com o fechamento de 33 mil postos; a construção civil eliminou 3 mil (0,3%) e outros setores (48 mil) tiveram queda de 3,2%.
Nos últimos 12 meses até janeiro, a variação foi positiva em 4,3%, o equivalente à geração de 704 mil vagas, numero superior aos 572 mil que ingressaram no mercado. Nesse acumulado, todos os segmentos ampliaram as vagas. Na liderança aparece o item Serviços, com alta de 5% e 428 mil postos. Em seguida, vêm a Construção Civil (164 mil) ou alta de 20%; o comércio com 65 mil ( 2,4%) e a indústria (42 mil), alta de 1,6%.
A pesquisa do Emprego e Desemprego (PED) mostra ainda que, em dezembro, o rendimento médio dos ocupados apresentou na média variação negativa (-0,1%), basicamente em decorrência da queda de 3% na região metropolitana de São Paulo. Nas demais regiões, houve estabilidade em Recife e aumento de 9,6%, no Distrito Federal; 4,6%, em Salvbador; 3,4%, em Porto Alegre e 1,6%, em Belo Horizonte. Já a massa de rendimentos cresceu na média em 3,6% para os ocupados e 4% para os assalariados.