Taxa de desemprego caiu para 8%

A Região Metropolitana de Curitiba registrou queda na taxa de desemprego no mês de novembro em relação a outubro, passando de 8,4% para 8%. De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo Ipardes em parceria com o IBGE, a redução representa queda de 4,3% no número de pessoas desocupadas em novembro, passando a 112 mil desempregados, contra 117 mil do mês anterior.

Segundo a diretora do Centro de Estatística, Sachiko Araki Lira, a nova taxa de desocupação se manteve estável em relação ao mesmo período de 2003. "O índice de novembro foi o segundo menor do País quando comparado aos números apresentados pelo IBGE para as demais regiões metropolitanas pesquisadas, ficando atrás somente da região de Porto Alegre (7,8%)", comparou.

A maior taxa de desemprego foi constatada na região metropolitana de Salvador (15,9%), seguida por Recife e São Paulo, ambas com taxa de 11,2%, Rio de Janeiro (9,4%) e Belo Horizonte (9,2%).

PIA e PEA

A pesquisa realizada na RMC estimou em 2,347 milhões o número de pessoas com dez anos e mais de idade e que compõe a População em Idade Ativa (PIA). Destas, 59,4% eram economicamente ativas (PEA), correspondendo a 1,395 milhão, e 40,6% eram não economicamente ativas (PNEA).

A População Economicamente Ativa, segundo Sachiko Lira, ficou praticamente estável em relação a outubro passado, com pequeno acréscimo de 0,2%. "Em relação a novembro de 2003, o crescimento foi de 1,5% no número de pessoas que compõem a PEA, o que significa 20 mil pessoas a mais no mercado de trabalho", complementa.

Já a relação entre PEA e PIA, denominada como taxa de atividade, ficou em 59,4%, abaixo da calculada em outubro (59,8%). Comparada a novembro do ano anterior (60,5%), a redução apresentada foi de 1,8%.

Em novembro, o número de pessoas ocupadas foi de 1,283 milhão, representando 7 mil pessoas a mais que em outubro de 2004. Em relação a novembro do ano anterior, o acréscimo foi de 18 mil pessoas.

Grupo de atividade

Segundo a PME, os setores que apresentaram acréscimo no número de pessoas ocupadas em novembro em relação a outubro foram: "indústria extrativa e de transformação, de produção e distribuição de eletricidade, gás e água" (1,9%); "comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais, domésticos e saúde, e serviços sociais" (1,5%) e "administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais" (1,0%). Com redução: "construção civil" (3,1%) e "intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas" (2,8%). Já os grupos "serviços domésticos" e "outros serviços" mantiveram-se constantes.

Equiparados a novembro de 2003, os grupamentos que apresentaram aumento no número de pessoas ocupadas foram: "indústria extrativa e de transformação, de produção e distribuição de eletricidade, gás e água" (9,1%); "administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais" (13,6%), e "outros serviços" (3,6%). Com diminuição: "construção civil" (10,4%); "comércio, reparação de veículos automotivos, de objetos pessoais e domésticos, e comércio varejista de combustíveis" (5,3%); "intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas" (2,1%); e "serviços domésticos" (7,1%).

Do total de pessoas ocupadas em novembro, 72,9% estavam na condição de empregados (936 mil); 19,3% trabalhavam por conta própria (247 mil) e 5,9% eram empregadores (76 mil). A diretora do CEE explica que, em relação ao mês anterior, houve um acréscimo de 0,8% no número de empregados com carteira e de 5,6% no número de trabalhadores por conta própria.

Em relação a novembro de 2003, todas as categorias apresentaram crescimento, com exceção dos trabalhadores por conta própria, que apresentou redução de 8,9%. Destaca-se, também, o crescimento de 21 mil pessoas ocupadas com carteira assinada.

Em novembro, o rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas foi de R$ 904,70, valor 5,7% superior ao rendimento médio recebido pelas pessoas ocupadas em novembro de 2003 (R$ 855,58).

Novos empregos chegam a 700 mil

A Secretaria de Comunicação Social do Governo do Estado e o Ipardes distribuíram a seguinte nota a respeito de disparidades de informações sobre empregos no Estado.

"A Secretaria de Comunicação Social e o Ipardes concordam: o número de empregos gerados no Paraná, desde o começo do governo Roberto Requião, já chega a 700 mil, entre postos de trabalho formais e informais. Na reunião desta terça-feira (21) do governador Roberto Requião e seu secretariado surgiram aparentes divergências entre números apontados por uma e outra instituição. A dúvida acabou sendo esclarecida.

Só o número de empregos com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, fechou de janeiro de 2003 a novembro de 2004 em 216.335.

Já a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, apresenta para a última década um percentual de formalização do mercado de trabalho paranaense entre 28% e 33% do total da população ocupada.

Como o levantamento do IBGE é um dado estrutural, que não se altera no curto prazo, estima-se então um total de novos postos de trabalho no Estado em torno de 700 mil, entre formais e informais.

Logo, não existe discrepância entre informações da Secretaria de Comunicação e o Ipardes, instituto vinculado à Secretaria do Planejamento e Orçamento.

Formais

Só nos primeiros 11 meses de 2004, o Paraná gerou 153.965 novos empregos formais. O resultado é 146% maior que o verificado em todo ano passado, quando os empregos com carteira assinada gerados chegaram a 62.370.

Os números, baseados no Caged, confirmam que 2004 está sendo o melhor ano do Paraná na geração de empregos. Já são 700 novos empregos a cada dia, ao se considerar 20 dias úteis para cada mês, ou 467 postos/dia ao se levar em conta o mês inteiro.

O crescimento do Paraná em relação ao número total de trabalhadores com carteira assinada foi de 9,72%, taxa que ficou acima da média brasileira, calculada em 8,06%. Entre os estados da região Sul, o Paraná tem apresentado o melhor resultado.

No ranking brasileiro, o Paraná se destaca como o terceiro que mais gera empregos no País, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais. É preciso considerar também que SP tem quatro vezes a população do Paraná e MG o dobro."

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