Pesquisa realizada em agosto pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) em parceria com o IBGE estimou em 112 mil o número de pessoas desempregadas na Região Metropolitana de Curitiba. O resultado representou uma queda de 18,8% em relação a julho, quando os desempregados totalizavam 138 mil pessoas. A taxa de desemprego foi estimada em 8,4%, inferior ao índice do mês anterior (10,3%).
Com esse resultado, a Grande Curitiba teve o melhor desempenho entre as sete maiores regiões metropolitanas pesquisadas no País. Salvador ficou em primeiro lugar, com um índice de 17,6%, seguida por Recife (15%), São Paulo (14,9%), Belo Horizonte (12,1%), Porto Alegre (9,8%) e Rio de Janeiro (9,5%). A Região Metropolitana de Curitiba também ficou abaixo do índice nacional, calculado em 13%.
“É o Paraná na contramão da situação nacional do desemprego”, analisa o governador Roberto Requião. “Além de estarmos com o menor índice de desemprego na região de Curitiba, somos líderes na geração de empregos formais no Estado, com 72 mil novos postos de trabalho criados nos primeiros oito meses do ano, segundo o Ministério do Trabalho. Isso significa cerca de 300 empregos ao dia ou 450 a cada dia útil”, analisa.
PIA/PEA
A Pesquisa Mensal de Emprego do Ipardes-IBGE estimou em 2,248 milhão o número de pessoas de 10 anos ou mais de idade e que compõem a População em Idade Ativa (PIA). Destas, 59,6% eram economicamente ativas (PEA) e 40,4% eram não economicamente ativas (PNEA), correspondendo respectivamente a 1,339 milhão de pessoas e a 909 mil.
A população economicamente ativa teve um decréscimo de 0,4% em relação ao mês anterior, passando de 1,345 milhão em julho para 1,339 milhão em agosto. A taxa de atividade (relação entre as pessoas economicamente ativas e as pessoas em idade ativa) caiu de 60,2% para 59,6%. Já o número de pessoas não-economicamente ativas foi estimado em 909 mil, aumentando 2,4% em relação a julho (888 mil).
Ainda de acordo com a pesquisa, o número de ocupados foi de 1,227 milhão, o que representou um aumento de 20 mil pessoas em comparação a julho, que registrou 1,207 milhão. Do total de ocupados em agosto, 73,4% eram empregados, 19,5% trabalhavam por conta própria e 6,2% eram empregadores.
Segmentos
Considerando os grupamentos de atividade, os que apresentaram crescimento no número de pessoas ocupadas foram: comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos e comércio varejista de combustíveis (6,5%); construção civil (4,1%), serviços domésticos (3,5%); e indústria extrativa e de transformação, e produção e distribuição de eletricidade, gás e água (1,8%).
Já os grupamentos que apresentaram queda foram: administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais (1,6%), intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas (0,7%) e outros serviços (4,0%).
Rendimento
O rendimento médio real habitualmente recebido pelos ocupados foi de R$ 773,60, valor inferior em 2,2%, ao de julho (R$ 791,02). O recebido pelos empregados do setor privado apresentou variação negativa, sendo de 2,4% para os registrados e de 6,9% para os sem registro. Os trabalhadores autônomos tiveram redução de 3,2% em relação a julho.
Já o rendimento médio real efetivamente recebido pelos ocupados, referente ao mês de julho, foi de R$ 749,95 (3,12 salários mínimos), inferior ao de junho (R$ 766,28). Os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada tiveram redução de 2,4% e os empregados sem registro, de 3,8%. No caso dos trabalhadores autônomos, a queda foi de 6,7% em comparação aos rendimentos de junho.