A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) caiu de 8,1% em maio para 7,9% em junho – é o menor índice desde janeiro, quando a taxa foi de 7,7%. Isso significa que o número de pessoas desocupadas e procurando emprego em junho era de aproximadamente 117 mil pessoas, 3 mil a menos na comparação com o mês anterior, quando o número chegava a 120 mil pessoas. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada ontem pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
Entre os setores que mais empregaram em junho, destaque para a ?indústria de transformação, extrativa e de produção e distribuição de eletricidade, gás e água?, que empregou 8 mil pessoas a mais na comparação com maio. O grupo ?intermediação financeira e atividade mobiliária? também aumentou o número de empregados em 4 mil pessoas. O setor ?outros serviços? também empregou 7 mil pessoas a mais em junho.
Em contrapartida, quatro grupos registraram a redução de trabalhadores em junho, entre eles a construção civil (-3 mil), comércio (-6 mil), administração pública, defesa, educação saúde (-8 mil) e serviços domésticos (-6 mil).
Com relação ao registro em carteira, o número de empregados com carteira assinada teve crescimento de 0,7% na comparação com maio, o que representou 5 mil trabalhadores a mais no mercado formal. Na comparação com junho do ano passado, o acréscimo foi de 11,4%, significando o aumento de 69 mil pessoas nessa categoria.
Ainda conforme a pesquisa, do total de pessoas ocupadas em junho, 74,3% estavam na condição de empregados (1,012 milhão), 18,7% eram autônomos (225 mil) e 5,4% eram empregadores (73 mil). O número de ocupados no mês passado foi estimado em 1,362 milhão, o que significa acréscimo de 0,5% em comparação a maio e 7,1% em relação a junho de 2004.
Se o nível de emprego cresceu, o mesmo não se pode afirmar em relação ao rendimento dos trabalhadores. Na comparação com maio, o rendimento médio permaneceu estável em junho (R$ 940,30). Já na comparação com igual mês do ano passado, houve queda de 3,2%. Em junho de 2004, o rendimento médio na RMC era de R$ 971,39.
Outras regiões
Na comparação com as seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a RMC registrou em junho a terceira menor taxa de desemprego (7,9%), atrás do Rio de Janeiro (6,9%) e Porto Alegre (7,1%). A maior taxa foi registrada em Salvador (14,7%), seguida por São Paulo (10,5%), Recife (9,6%) e Belo Horizonte (8,5%). A média para as seis regiões metropolitanas foi de 9,4%.
Expectativas
Na avaliação do coordenador do Ipardes, Ciro Cesar Barbosa, a economia está num ritmo menor, mas ainda cresce. ?Exemplo disso é que das 8 mil pessoas a mais que passaram a procurar emprego em junho, o mercado conseguiu absorver 3 mil?, apontou. Segundo ele, o nível de emprego na RMC continua crescendo, puxado sobretudo pelas exportações. ?O Paraná possui produtos com valor agregado elevado, que têm espaço no mercado externo?, afirmou. Segundo ele, se o dólar estivesse na proporção de três para um e o agronegócio não tivesse sofrido a quebra que sofreu, a taxa de desemprego poderia ser ainda menor.
Para julho, a diretora do Centro Estadual de Estatística, Sachiko Araki Lira, afirmou que a taxa de desemprego pode aumentar. ?Muitos estudam e aproveitam este mês para se inserir no mercado de trabalho?, explicou. Segundo ela, os meses com as menores taxas do ano são novembro e dezembro.
