Brasília (ABr) – Os diretores do Banco Central que fazem parte do Comitê de Política Monetária (Copom) começam hoje e terminam amanhã a discussão em torno da taxa básica de juros (Selic). Analistas do mercado financeiro apostam que haverá uma redução de 0,75 ponto percentual no índice, utilizado como base para o cálculo dos juros aplicados em várias transações financeiras, como empréstimos e financiamentos.
O boletim Focus, feito pelo Banco Central e divulgado ontem, mostra que os analistas consultados na última sexta-feira esperam que a taxa Selic, atualmente em 17,25% ao ano, caia para 16,50%. Eles também acreditam que a taxa básica de juros termine o ano em 14,50%, devendo cair para 13,50% no final de 2007.
De acordo com a pesquisa, o saldo da balança comercial (exportações menos importações) ficará mesmo em torno de US$ 40 bilhões neste ano. Isso significa que o País continuará exportando mais produtos do que importando. A projeção desse mesmo saldo para 2007 melhorou de US$ 35,50 bilhões na pesquisa anterior para US$ 36 bilhões.
O boletim Focus também manteve a projeção de US$ 15 bilhões para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no setor produtivo este ano, devendo aumentar para US$ 16,20 bilhões no ano que vem.
A repetição de bom saldo da balança comercial faz com que os analistas de mercado estimem saldo de US$ 9 bilhões em conta corrente, que envolve todas as transações comerciais e financeiras com o exterior.
Projeção que, acompanhando a redução de saldo comercial para 2007, também deve cair para US$ 5 bilhões. Mesmo em queda nas previsões dos economistas, será o quinto ano consecutivo de superávit nas contas externas.
A pesquisa do BC acredita em leve recuperação da indústria no segundo semestre e estima que o crescimento da produção industrial no ano será de 4,19%, contra previsão de 4,10% na semana passada. Foi mantida a expectativa de crescimento de 4,25% para 2007.
Também foi mantida, pela 44.ª semana, a estimativa de 3,50% para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas produzidas no País ao longo de 2006, e elevou de 3,60% para 3,70% a projeção de aumento do PIB no ano que vem.
