Tarifas públicas voltam a cair na capital

Depois de cinco meses seguidos de alta, os preços administrados e monitorados caíram em Curitiba em setembro. A queda de 0,28% foi puxada pelos combustíveis e pelo transporte coletivo. Com o resultado de setembro, as tarifas públicas acumulam no ano alta de 0,67% e, nos últimos 12 meses, aumento de 2,27%. As variações estão bem abaixo da inflação. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), utilizado como meta de inflação pelo governo, acumula alta de 2,99% no ano e de 4,15% nos últimos 12 meses.

A queda das tarifas públicas em setembro foi puxada pela pequena redução no preço da gasolina – que passou de R$ 2,471, em média, para R$ 2,469, ou seja, recuo de 0,08% -, pela queda de 1,13% no transporte público – por conta do maior número de feriados, quando vigora a tarifa domingueira de R$ 1,00 – e pela queda de 0,72% no preço do óleo diesel. O único item que registrou aumento em setembro foi o gás de cozinha, com variação de 0,20%. O levantamento foi apresentado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, regional Paraná (Dieese-PR), em parceria com o Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge-PR).

Conforme pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a queda do preço da gasolina em setembro foi praticamente generalizada. Das 16 capitais pesquisadas pelo Dieese, 14 registraram queda nos preços e duas, alta. Curitiba apresentou a segunda menor queda (0,08%). A maior redução ocorreu em Salvador (-3%) e o maior aumento, em Recife (0,49%).

Já no acumulado dos últimos 12 meses, Curitiba registrou a maior alta no preço da gasolina: 5,92%. Além de Curitiba, apenas Florianópolis apresentou aumento (5,16%). As outras 14 capitais pesquisadas registram queda no preço do combustível. ?O preço da gasolina se estabilizou em Curitiba nos últimos meses. O problema é que se estabilizou num patamar alto?, observou o economista Sandro Silva, do Dieese-PR. Desde a última semana de julho, o preço médio do litro varia entre R$ 2,45 e R$ 2,48. Entre 31 cidades paranaenses, Castro foi a que apresentou o maior preço médio em setembro: R$ 2,558. Já Cambé registrou a menor média: R$ 2,323. Foz do Iguaçu, com o litro a R$ 2,345, em média, foi responsável pelo segundo menor preço médio, devido à concorrência dos postos da Argentina e do Paraguai.

Estimativa

Para outubro, a previsão do Dieese-PR e do Senge-PR é que as tarifas públicas voltem a subir. Entre os itens que já estão pesando mais no bolso do consumidor, destaque para o telefone fixo (1,06%) e o transporte coletivo (1,07%). No caso do telefone, houve aumento de 2,13% no preço do minuto no dia 1.º de outubro, impactando em 1,06% na tarifa. O aumento do transporte coletivo se deve ao maior número de dias úteis na comparação com setembro. Outros itens que variaram na primeira semana de outubro foram gás de cozinha (-0,16%) e gasolina (-0,04%).

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