Tarifas públicas registram nova queda

Os preços administrados e monitorados caíram pelo terceiro mês consecutivo, fechando junho com índice de -1,32%. Os combustíveis foram os principais responsáveis pelo alívio no bolso do consumidor. A má notícia é que o ciclo de deflações está chegando ao fim.

O aumento de tarifas, como da energia elétrica e do telefone fixo – ocorrido entre o final do mês passado e o início desse – deve pesar no bolso e elevar o índice no mês de julho. É o que mostra a pesquisa Preços Administrados e Monitorados, divulgada ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, regional Paraná (Dieese), em conjunto com o Sindicato dos Engenheiros no Paraná (Senge-PR).

De acordo com o economista Sandro Silva, do Dieese-PR, o índice de junho (-1,32%) é o menor desde maio de 2003 – quando houve deflação de 2,24% – e o terceiro menor desde o início da pesquisa (janeiro de 2002). Com o resultado de junho, a cesta de tarifas públicas registra no primeiro semestre queda de 0,29% e, nos últimos 12 meses, alta de 5,69%. Para uma família curitibana, o custo dos serviços públicos com preços administrados e monitorados foi de R$ 463,74.

Itens

Entre os itens que influenciaram o índice para cima, destaque para o transporte coletivo (0,37%) – por conta da tarifa domingueira e de junho ter apresentado menos domingos que maio – e a energia elétrica, que subiu 1,31%. De acordo com Sandro Silva, apesar do anúncio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de que no Paraná haveria queda de 0,05% na tarifa de energia para o consumidor residencial, a redução não irá ocorrer. Isso porque a alíquota do PIS/Cofins passou de 3,65% para 5,31%. Também foi retirada parte do desconto concedido pela Copel para quem pagasse a conta em dia. Com isso, a tarifa de energia elétrica terá reajuste de 5,61% – a maior parte do impacto será sentida em julho.

Na outra ponta, apresentaram queda de preço a gasolina (-8,61%), o álcool (-19,23%) e o diesel. Também o gás de cozinha registrou queda de 0,17%.

Julho

Para julho, o consumidor terá que preparar o bolso. Conforme estimativa do Dieese-PR e do Senge-PR, os preços monitorados devem aumentar pelo menos 0,71%. A contribuição vem especialmente da energia elétrica (alta de 4,16%), do telefone (6,80%) e da gasolina (2,36%), que subiu R$ 0,10 nos últimos dias e pode elevar ainda mais. Por outro lado, o gás de cozinha (com queda estimada em 2,21%) e o transporte coletivo – cuja tarifa passou de R$ 1,90 para R$ 1,80 a partir do dia 29 de junho, com impacto negativo de 5,37% – devem aliviar um pouco o bolso do curitibano.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo