Os alimentos e bebidas ficaram, novamente, mais baratos em julho, na Grande Curitiba, de acordo com o último Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No entanto, a baixa não compensou o aumento nas tarifas de energia elétrica da Copel, que puxou uma alta no indicador mensal, fechado em 0,31% na capital paranaense.
A taxa superou a média nacional de 0,01%, e foi a mais alta entre as capitais pesquisadas. No ano, a inflação curitibana está em 3,18% e a do País, em 3,10%. De acordo com os dados do IBGE, o grupo que puxou a alta em Curitiba e Região Metropolitana foi o de habitação, com aumento médio de 3,28% em seus produtos.
A principal alta foi na energia elétrica residencial, que subiu 15% no final de junho. No índice de julho, a taxa ficou em 14,07% e foi a maior entre todos os itens pesquisados pelo Instituto, contribuindo com 0,39 ponto percentual para o índice local. Itens como o aluguel residencial (0,78%) e o condomínio (0,74%) também puxaram a alta na categoria.
No grupo de alimentação e bebidas o comportamento foi oposto, com os preços, em média, caindo 0,73%. Se considerados os itens comprados para serem consumidos em casa, o índice é ainda menor, de -1,33%.
A alimentação em restaurantes ou bares aumentou 0,44%. A baixa de julho nos alimentos fez com que o grupo deixasse de ser o que acumulava os maiores aumentos no ano.
O índice, agora, passou para 5,70% e é superado pela educação (6,38%) e despesas pessoais (6,20%). O tomate (-27,42%), o repolho (-21,58%) e a alface (-18,35%) tiveram as maiores baixas.
O açúcar (-9,11%), a cebola (-7,50%) e a batata (-7,33%) também tiveram contribuições importantes. Por outro lado, o produto alimentício que mais aumentou foi a tangerina (11,31%). Itens com bastante peso no orçamento das famílias, como o feijão preto (4,16%) e o frango em pedaços (3,64%) tiveram aumentos significativos.
Veículos
Outros dois grupos tiveram baixa nos preços em julho, na Grande Curitiba: vestuário (-0,13%) e transportes (-0,31%). No primeiro, a queda foi puxada pelas roupas femininas, que ficaram 1,56% mais baratas.
No transporte, houve queda principalmente nos produtos relacionados a veículos próprios, que caíram 1,09%. Nesse subgrupo, os automóveis usados foram os que tiveram a maior queda nos preços: 3,11%.
Os combustíveis ficaram próximos da estabilidade nos preços, com 0,13% de variação para a gasolina e -0,16% para o álcool. No ano, o grupo de transportes é o único que acumula baixa, de 2,51%.
Depois da habitação, os outros dois grupos que tiveram altas maiores que o IPCA médio de julho foram os de despesas pessoais (0,40%) e saúde e cuidados pessoais (0,38%).
Nas despesas pessoais, puxaram a alta serviços como cabeleireiro (1,48%), costureira (1,23%) e empregados domésticos (0,43%). Na saúde, os principais aumentos aconteceram nos serviços médicos e dentários (1,17%) e laboratoriais e hospitalares (0,81%), além dos planos de saúde (0,54%).