O governo deve reajustar em cerca de 5% a tabela de preços mínimos de frete rodoviário, para acomodar a alta de 13% no óleo diesel anunciada na semana passada. A correção foi discutida na terça-feira, 4, em reunião da diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Também foram analisadas formas de acelerar a fiscalização do cumprimento da tabela do frete, outra reivindicação dos caminhoneiros.

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As medidas ganharam tom de emergência depois do último fim de semana, quando circularam boatos sobre uma nova paralisação dos caminhoneiros. A sinalização de que a tabela seria corrigida rapidamente serviu para conter uma nova mobilização. No entanto, uma ala dos caminhoneiros programa uma manifestação no próximo dia 12 para protestar contra a falta de fiscalização.

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O aumento deve ser aplicado sobre as tabelas que já estão em vigor e que são alvo de crítica por parte das empresas. Antes da correção, as indústrias já indicavam um aumento médio de 12% no custo do frete de suas mercadorias. As entidades representativas do setor produtivo preferiram esperar o anúncio oficial para se manifestar.

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Diesel

Na terça, os deputados aprovaram – em votação simbólica (sem contagem dos votos) – a Medida Provisória 838, que garante o subsídio no preço do diesel. A medida foi editada pelo governo durante a greve dos caminhoneiros, como um dos pontos do acordo para o fim da paralisação.

A MP 838 reduz em R$ 0,30 o preço do diesel nas bombas dos postos, a um custo de R$ 9,5 bilhões ao Tesouro Nacional até o fim deste ano. Como mostrou o Estadão/Broadcast, havia uma preocupação do governo sobre o prazo para a votação da MP, que precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado até o dia 10 de outubro. Caso contrário, a medida perderá a validade. O presidente do Senado, Eunício Oliveira, disse que “vai trabalhar” para votar a MP nesta quarta-feira, 5, no Senado. Por se tratar de MP, o subsídio está em vigor desde a publicação da MP, mas o Congresso precisa aprovar a medida para que ela se torne lei. (COLABORARAM CAMILA TURTELLI E RENAN TRUFFI). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.