Suspensão de importações não surpreende o governo

Brasília

  – A decisão da União Européia (UE), anunciada na manhã de ontem, de suspender as importações de carne bovina do município de Sete Quedas, localizado na fronteira de Mato Grosso do Sul com a província de Canindeyú, no Paraguai, onde há foco de aftosa, não surpreendeu o governo. Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Rui Vargas, o próprio Ministério da Agricultura, em conjunto com o governo de Mato Grosso do Sul, já havia proibido a saída de animais e produtos de Sete Quedas destinados para exportação e para outros Estados brasileiros.

Vargas explicou que esta é uma medida de rotina, conforme as regras do Código Zoossanitário Internacional, na medida em que parte do município encontra-se dentro do raio de 25 quilômetros delimitado como zona de segurança máxima – a partir da fazenda onde foi detectado o foco de aftosa – para evitar qualquer risco de contaminação pelo vírus da doença.

O diretor do Departamento de Defesa Animal do Ministério da Agricultura, João Cavalléro, disse que a medida tem pouco impacto sob o ponto de vista econômico porque não existem frigoríficos em Sete Quedas. Além disso, há ali somente cerca de 100 mil animais em 160 propriedades cadastradas. Mato Grosso do Sul possui um rebanho bovino de 23 milhões de cabeças, ou seja, é o maior rebanho do mundo para gado de corte, segundo Cavalléro.

Independente das medidas de cunho sanitário, os veterinários do Ministério da Agricultura localizados no Estado visitam semanalmente as propriedades rurais de Sete Quedas. A fronteira entre Brasil e Paraguai, fechada desde 23 de setembro, só será reaberta quando a situação sanitária do país vizinho com relação à aftosa estiver sob controle.

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