A liminar concedida pelas transportadoras Rodogrande e Agotran, que obriga os caminhoneiros do Porto de Antonina a descarregar todo o açúcar, cerca de 37 toneladas cada um, foi cassada na tarde desta terça-feira pelo juiz que cuida do caso.

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A liminar foi suspensa apenas até esta quarta-feira e no momento está sendo negociado como os caminhoneiros farão o descarregamento da carga de forma amigável.

Há quase duas semanas, oitenta caminhoneiros aguardam no pátio do Porto de Antonina, no litoral, e pedem que a Cosan, empresa responsável pela carga, pague R$ 1 tonelada/hora a partir das primeiras cinco horas de espera, mas a empresa quer pagar apenas R$ 0,40 tonelada/hora a partir das primeiras 24 horas. “Até agora nada foi resolvido. Querem que descarreguemos a força. Faz 12 dias que estamos aqui. Ofereceram 14 mil para dividir pelos 80 caminhoneiros. Estamos tentando 0,80, que é abaixo da lei inclusive”, disse Marinaldo Machado, da Associação Comercial dos Caminhoneiros (Acetebras).

Marinaldo afirma que a polícia está usando da força para obriga-los a descarregar e já os expulsou do pátio do Porto de Antonina. “Nos tiraram do pátio, mas não descarregamos e não iremos descarregar até que a situação seja resolvida”, concluiu.

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O advogado da Rodogrande diz que os caminhoneiros já poderia ter descarregado os produtos. “Tenho uma declaração do terminal que os motoristas já tinham sido liberados para descarregar no dia 21. Tinha vaga. A partir do primeiro dia até abrir o terminal, depois disso não tem que pagar a estadia. Eles podem não descarregar para forçar o aumento de estadia – quanto mais dias parados, maior a estadia”, disse Sidnei Lostado.