A Superintendência de Seguros Privados (Susep) aprovou, nesta segunda-feira, 16, a transferência do controle do IRB-Brasil Re, que passa das mãos da União, por meio do Ministério da Fazenda, para um bloco de acionistas formado pelas seguradoras do Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e um fundo de private equity (que compra participações em empresas) da Caixa Econômica Federal. A mudança ocorre no âmbito do processo de desestatização, iniciado em 2011, no qual o ressegurador, antes estatal, passou a ser uma empresa de controle privado para poder competir de igual para igual com os seus concorrentes.
Juntos, os bancos do bloco de controle terão 51% do IRB-Brasil por meio de compra de ações detidas pela União. A União, titular da única ação de natureza especial (golden share) e o BB respondem pelo restante do capital social do ressegurador.
As mudanças no IRB foram necessárias porque o mercado de resseguros brasileiro se abriu a novos competidores, em abril de 2008. Desde então, mais de 100 companhias estrangeiras se habilitaram para operar no País, forçando o IRB a se reestruturar para ser mais competitivo. No ano passado, o IRB-Brasil emitiu R$ 2,8 bilhões em prêmios e teve lucro de R$ 293,4 milhões.