A Suprema Corte dos EUA adiou a venda da Chrysler para a Fiat, a pedido de um grupo de fundos de pensão do Estado de Indiana e de consumidores que se opõem à transação. Antes da decisão, a Chrysler e o governo federal alertaram que tal intervenção pode levar à liquidação da montadora.
No entanto, a alta corte disse que vai estender a suspensão temporária estabelecida por um tribunal de apelação até que possa receber e revisar apelações de rotina dos grupos contrários à venda.
A juíza Ruth Ginsburg emitiu a suspensão, dizendo que a decisão será mantida até que ela ou a Corte emitam outra ordem. A decisão da juíza não forneceu detalhes de como o caso será resolvido na Suprema Corte, mas geralmente as suspensões de emergência são mantidas até que uma apelação comum seja revisada.
A decisão da juíza pode ser mantida por alguns dias ou até vários meses. A juíza agiu sem encaminhar o caso para todo o tribunal. Cada juiz da Suprema Corte tem responsabilidade individual para lidar com moções emergenciais.
A Fiat havia estabelecido o dia 15 de junho como fim do prazo para que a transação fosse concluída. Thomas Lauria, advogado dos fundos de pensão contrários à venda da Chrysler para a Fiat, saudou a decisão da Suprema Corte. “Isso é muito bom. Nós temos lutado contra isso há um bom tempo e até agora não tínhamos o que mostrar”, disse Lauria.
A apelação de um grupo de fundos de pensão de Indiana e consumidores foi feita depois que a 2ª Corte de Apelações de Nova York reiterou, na sexta-feira, a aprovação da compra da maior parte dos ativos da Chrysler pela Fiat. A venda, peça fundamental da reorganização da Chrysler dentro do Capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA, havia sido aprovada no domingo da semana passada pelo Tribunal de Falências de Manhattan. As informações são da Dow Jones.