A deflação de alimentos, que persistiu ao longo do primeiro trimestre de 2018 no Brasil, ainda deve se reverter até o final do ano num movimento que pode beneficiar o faturamento do setor de supermercados, segundo entidades do setor. A Associação Paulista de Supermercados (Apas) acredita que os preços em supermercados podem se elevar entre 2,5% a 3% este ano em comparação com 2017, conforme afirmou o presidente da entidade, Pedro Celso Gonçalves, durante evento em São Paulo.

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Os supermercados do Estado de São Paulo registraram nova queda de preços em março, segundo mês consecutivo de recuo, de acordo com dados da Associação Paulista de Supermercados (Apas).

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O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Apas/Fipe, apresentou queda de 0,41% em março após recuo de 1,07% em fevereiro. No ano passado, a deflação acumulada já havia sido de 2,7%.

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Embora ajude a aumentar a renda disponível de consumidores, a deflação de alimentos tem sido uma notícia ruim para as empresas do setor de supermercados. Isso ocorre porque nem sempre o volume de produtos vendidos aumenta diante do preço mais baixo, o que reduz a receita nominal dos varejistas. Os custos das empresas também não têm caído na mesma velocidade, o que impacta as margens.

Para o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto, no entanto, há sinais positivos para as vendas. Ele avalia que a redução nos gastos com produtos mais básicos pode começar a permitir que os consumidores façam o chamado “trade up”, a migração para itens de marcas mais caras ou produtos considerados mais supérfluos.