Supermercados indicam queda nas vendas

Os supermercados voltaram a ter um desempenho negativo em novembro, com queda, descontada a inflação, de 2,33% em relação ao mesmo período de 2004. Com o desempenho das empresas abaixo do esperado, o presidente da Associação Brasileira dos Supermercados (Abras), João Carlos de Oliveira, reduziu ontem a estimativa de crescimento do setor de 2% para 1,5% em 2005.

É o quinto mês seguido que os supermercados registram perda na comparação mensal com 2004. Apenas no faturamento acumulado de janeiro a novembro as empresas registram alta de 1,23%.

Mas o Natal, na expectativa da Abras, deve dar fôlego para o setor retomar as vendas. "A previsão para dezembro é otimista. A maior oferta de importados este ano, com preços 20% mais baratos, por causa do câmbio e da queda dos juros, que estimula o crediário, vão contribuir para aumentar as vendas", diz Oliveira. A expectativa é de crescimento de 4% ante dezembro de 2004, com maior concentração de vendas de alimentos e bebidas de amanhã a sábado.

A tendência para 2006 é de um cenário melhor, na sua avaliação. "O que se prevê é um crescimento maior do PIB, continuidade da queda dos juros e redução gradual do desemprego" diz. Mas a retomada, segundo ele, deve vir apenas em abril, com a Páscoa. "Será uma inversão do que ocorreu em 2005, quando as maiores taxas de crescimento foram registradas no primeiro trimestre do ano."

Por isso mesmo, como a base de comparação será alta, explica, o crescimento dos três primeiros meses de 2006 será menor. A expectativa é que o ano de 2006 tenha um comportamento semelhante ao de 2004, com crescimento de 2,5% a 3%.

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