Os supermercados gaúchos venderam R$ 24,1 bilhões em 2014, o que representa um avanço nominal de 9,84% com relação a 2013, quando o faturamento ficou em R$ 21,9 bilhões. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 7, pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). O crescimento real das vendas do setor, diz a Agas, foi de 3,44%.
Antônio Cesa Longo, presidente da Associação, a representatividade do segmento supermercadista na economia do Rio Grande do Sul também aumentou, saindo de 7,05% em 2013 para 7,77% no ano passado. “Isso mostra a importância do setor para o desenvolvimento do Estado, principalmente em um momento de menor atividade”, disse. O número de lojas no Rio Grando do Sul passou de 4,3 mil para 4,4 mil no período.
A Agas informou que as dez maiores companhias gaúchas somaram um faturamento de R$ 13,1 bilhões em 2014, o que corresponde a 54,3% do total do segmento. O resultado indica uma queda de cerca de um ponto porcentual na concentração de mercado, já que em 2013 a participação das principais empresas chegava a 55,2%. Pelo quinto ano consecutivo, os mercados de porte médio foram os que mais cresceram no Estado.
Na apresentação dos números, Longo ressaltou a característica local do setor supermercadista. Segundo ele, na lista das dez companhias com maior faturamento bruto em 2014, apenas uma é multinacional: a rede Walmart. “Além disso, quase 85% das empresas continuam na mão das famílias fundadoras”, observou.
Tíquete médio
Apesar de apontar uma expansão em 2014 acima da média nacional, o segmento supermercadista do Rio Grande do Sul sofreu uma redução no tíquete médio de compra: de R$ 41,97 em 2013 para R$ 40,49 em 2014. A queda é atribuída, em parte, ao cenário de alta da inflação e à desaceleração no crescimento da renda do consumidor. “É um reflexo da preocupação das famílias em economizar”, disse o presidente da Agas. Longo acredita que outro fator também ajuda a explicar o resultado. “Os gaúchos vão uma média de 17 vezes por mês ao mercado.”
De acordo com a Agas, o Rio Grande do Sul é o segundo maior Estado com participação nas vendas do setor no Brasil (8,1%), ficando atrás apenas de São Paulo.