O esforço fiscal do setor público para pagar os juros da dívida apresentou superávit primário de R$ 19,921 bilhões em janeiro, de acordo com o Banco Central. Em dezembro, o resultado havia sido positivo em R$ 10,407 bilhões. Em janeiro do ano passado, houve superávit primário de R$ 30,251 bilhões.
O resultado foi composto por um superávit de R$ 12,549 bilhões do Governo Central (Tesouro, Banco Central e INSS). Os governos regionais (Estados e municípios) contribuíram com R$ 7,241 bilhões no mês. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 6,076 bilhões, os municípios tiveram saldo positivo de R$ 1,165 bilhão. Já as empresas estatais registraram superávit primário de R$ 131 milhões.
O chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, afirmou que o superávit representa 20,1% da meta para o ano, que é de R$ 99 bilhões. Ele ressaltou que em janeiro há sazonalidade favorável para as estatísticas fiscais. O superávit do governo central em janeiro equivale a 15,5% da meta para o ano e dos governo regionais, 39,8%. Ele disse ainda que o resultado primário consolidado de janeiro é o mais baixo para o mês desde 2011, citando que janeiro foi marcado pelo aumento das transferências da União para Estados e municípios.
Em 12 meses até janeiro, as contas do setor público acumulam um superávit primário de R$ 80,976 bilhões, o equivalente a 1,67% do PIB. O esforço fiscal caiu em relação a dezembro, quando o superávit em 12 meses estava em 1,90% do PIB ou R$ 91,306 bilhões.
O esforço fiscal em 12 meses foi feito com a ajuda de um superávit de R$ 61,751 bilhões do Governo Central (1,28% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 19,366 bilhões (0,40% do PIB) no período. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 15,285 bilhões, os municípios alcançaram um saldo positivo de R$ 4,081 bilhões. As empresas estatais registraram déficit de R$ 142 milhões.