Brasília (AE) – As contas do governo central surpreenderam e apresentaram um superávit primário de R$ 11,764 bilhões em janeiro, informou ontem o Tesouro Nacional. Esse superávit corresponde a 6,68% do PIB. O esforço fiscal no mês passado superou as estimativas do mercado financeiro, que iam de R$ 3 bilhões a R$ 7,9 bi, e é o maior desde abril de 2006, quando o superávit primário das contas do governo central foi de R$ 14,726 bilhões.

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O Tesouro Nacional disse que a melhora está associada à ocorrência, em janeiro de 2006, de dois fatores atípicos que não tiveram correspondência no mês passado.

O primeiro deles foi o resultado menor do déficit da Previdência, que em janeiro de 2006 foi de R$ 4,844 bilhões ante R$ 3,696 bilhões em janeiro de 2007. No início do ano passado, o resultado foi mais elevado por conta da concentração do pagamento de precatórios de benefícios devidos pela Previdência.

Além disso, houve, em janeiro de 2006, o registro de despesas do Tesouro com a capitalização da Engea (empresa que administra os ativos referentes a empréstimos imobiliários de difícil recuperação feitos pela Caixa Econômica Federal), em R$ 1,5 bilhão.

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O Tesouro ainda atribuiu o bom desempenho das contas em janeiro deste ano ao comportamento ?mais dinâmico? das receitas em comparação com a execução das despesas.

Pelos dados divulgados ontem, as receitas do governo central tiveram um crescimento de 14,3% na comparação de janeiro ante janeiro de 2006, e as despesas caíram 2,8% na mesma relação.

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