O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou hoje que o resultado primário de R$ 5,375 bilhões registrado no mês passado pelo governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) “um bom superávit para o mês de setembro”. “Estamos muito próximos da meta do ano, fortalecendo a nossa tranquilidade de que o País vai cumprir o primário este ano”, afirmou o secretário. O superávit primário é a economia do governo para o pagamento da dívida pública.

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Apesar das estatísticas estarem afetadas pela operação de capitalização da Petrobras no ano passado, Augustin destacou que o superávit do governo central no acumulado de janeiro a setembro de 2011 já superou em R$ 19,5 bilhões o resultado obtido no mesmo período de 2010. A meta de superávit primário para o governo central neste ano é de R$ 91,8 bilhões. “Vamos cumprir a meta com tranquilidade”, completou.

Arno Augustin disse também que o superávit primário do governo central será forte em outubro e dezembro. Segundo ele, estes são meses de receitas altas, ao contrário de novembro, quando a arrecadação de tributos é menor.

Augustin disse que, desde a crise em 2008, houve uma mudança no prazo de recolhimento dos tributos para o último decêndio, o que postergou a transferência para Estados e municípios. Os recursos que entram nos últimos dez dias do mês só deixam os cofres do governo no mês seguinte. “Muita gente tentou enxergar um superávit atípico em dezembro do ano passado, dizendo que o governo segurou despesa. Mas dezembro não é mais um mês fraco”, afirmou.

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Dividendos

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa Econômica Federal foram os principais pagadores de dividendos no mês de setembro. Segundo Augustin, dos R$ 4,589 bilhões de dividendos recebidos em setembro, R$ 1,360 bilhão foram pagos pela Caixa e R$ 2,098 bilhões pelo BNDES, totalizando R$ 3,458 bilhões do total.

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No acumulado de janeiro a setembro, o governo já recebeu R$ 17,3 bilhões em dividendos. O valor, destacou o secretário, é menor do que o de 2010 (R$ 22 bilhões) e o de 2009 (R$ 26 bilhões). “Não há previsão de dividendos fortes até o fim do ano”, afirmou. Segundo ele, a redução do pagamento de dividendos em 2011 é opção do governo e não um efeito de redução da lucratividade das empresas.