Balança

Superávit paranaense em 2008 foi “apertado”

O saldo da balança comercial do Paraná fechou 2008 com um superávit 79,7% menor do que o verificado no ano anterior. Enquanto que em 2007 o saldo entre o valor exportado e o volume de importação foi de US$ 3,33 bilhões, no ano passado esse valor foi de apenas US$ 676 milhões. Os números foram divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

A redução na margem do superávit se deve ao expressivo aumento do volume importado pelo Estado. Foram US$ 14,570 bilhões, um crescimento de 61,57% na comparação com 2007, enquanto que as exportações, mesmo com o cenário de crise no segundo semestre, cresceram 22%, com um volume de US$ 15,247 bilhões.

O superávit da balança comercial brasileira também foi menor no ano passado, em relação a 2007. O volume de US$ 24,735 bilhões é 38,21% menor que o superávit do ano anterior, que foi de US$ 40,032 bilhões. No ano passado, a média das exportações do País aumentou 21,8% em relação a 2007, enquanto a média das importações registrou um crescimento maior, de 43,6%.

Na comparação com os demais estados do Sul, o Paraná leva vantagem nas vendas lá fora. O Rio Grande do Sul ficou com 21,5% e Santa Catarina com 10,5%. As exportações dos três estados totalizaram US$ 41,9 bilhões no ano passado, valor 19,3% acima do registrado em 2007 (US$ 34,7 bilhões).

O Sul do País importou US$ 37 bilhões em 2008, uma alta de 51,4% sobre 2007. A participação da região no total das importações brasileiras foi de 21,4%. Paraná e Rio Grande do Sul importaram, ao longo de 2008, US$ 14,5 bilhões cada um, enquanto que Santa Catarina, no mesmo período, desembarcou US$ 7,9 bilhões.

De acordo com o levantamento do governo federal, durante o ano passado, o Paraná respondeu por 7,7% dos US$ 198 bilhões das exportações brasileiras e atingiu a quinta colocação no ranking nacional entre os estados exportadores.

Entre os principais grupos de produtos exportados, aparecem os ligados à produção e soja (com quase 30% do valor exportado), os materiais e produtos de transporte (responsável por cerca de 15% das exportações) e carnes.

Para alguns economistas, a crise na economia internacional pode ter afetado positivamente o comércio exterior paranaense. De acordo com o professor de negócios internacionais da FAE Business School, Joaquim Brasileiro, o País tem sido uma “ilha de prosperidade nesse momento”.

Para ele, os segmentos com os quais o Brasil possui um mercado externo consolidade, como é o caso da produção da agroindústria, devem amortecer os efeitos da crise no País. “Os segmento do agronegócio são os últimos a sofrerem impacto. As pessoas precisam se vestir, precisam se alimentar. Nesse quesito, o Brasil, e mais especificamente o Paraná, terão grande vantagem na exportação”, comenta.

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