O superávit em conta corrente do Japão recuou 15,7% em novembro de 2010, em relação ao mesmo mês de 2009, para 926,2 bilhões de ienes (US$ 11,144 bilhões), informou hoje o Ministério das Finanças do país. O resultado está ligado, em grande parte, ao fato de que as empresas do país precisaram gastar mais com a compra de commodities (matérias-primas). Em outubro, o superávit em conta corrente do Japão havia aumentado 2,9% ante o mesmo mês do ano anterior.
A queda de novembro foi a primeira em três meses, depois que a força dos preços do minério de ferro e do gás natural empurrou para cima o custo das importações e o iene valorizado limitou o crescimento das exportações. A conta corrente do balanço de pagamentos é uma medida do saldo das relações entre o Japão e os outros países. Ela inclui dados do comércio e da entrada de recursos financeiros, entre outros.
O superávit comercial na balança de bens e serviços do Japão teve queda de 63,6% em novembro, para 160,4 bilhões de ienes (US$ 1,928 bi). As importações apresentaram expansão de 15,7%, para 4,886 trilhões de ienes (US$ 58,759 bi), enquanto as exportações aumentaram 9,3%, para 5,146 trilhões de ienes (US$ 61,885 bi).
Com a demanda por bens duráveis e investimentos em infraestrutura explodindo nas economias emergentes, os preços de matérias-primas como minério de ferro e carvão dispararam em 2010. Anulando os benefícios que a valorização do iene pode ter dado aos importadores japoneses, o valor das importações de minério de ferro disparou 82,9% em novembro, na comparação com um ano antes, e o do gás natural liquefeito subiu 17,8%, segundo o Ministério das Finanças.
Empréstimos
Os empréstimos bancários no Japão, excluindo as cooperativas de crédito, diminuíram 2,1% em dezembro de 2010, na comparação com o mesmo mês de 2009, informou o Banco do Japão (BOJ, o banco central do país). A queda marca o 13º mês seguido de baixa e continua refletindo a deflação no país.
No ano, o volume de empréstimos bancários registrou a primeira redução em cinco anos, com queda de 1,9%. Em 2009, o crédito bancário havia apresentado expansão de 2,2%, já que naquele ano a crise financeira levou as empresas a mudarem suas formas de financiamento, passando das emissões de bônus para os empréstimos bancários. As informações são da Dow Jones.