Superávit do setor calçadista cai 1,15% no 1º semestre

A balança comercial do setor calçadista encerrou o primeiro semestre com superávit de US$ 839 milhões, resultado 1,15% inferior ao registrado nos primeiros seis meses de 2006. Até janeiro a junho de 2007, as exportações cresceram 3%, para US$ 935 milhões, e as importações subiram 57%, para US$ 96 milhões. No primeiro semestre do ano passado, a balança setorial havia registrado superávit de US$ 848,8 milhões.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), o crescimento das exportações resulta apenas do aumento dos preços do produto brasileiro, da ordem de 7% no período, já que o volume embarcado recuou 4%. Nos primeiros seis meses deste ano, foram exportados 91,2 milhões de pares de calçados, contra 94,6 milhões no mesmo período de 2006. Neste ano, o par do calçado brasileiro foi vendido a US$ 10,26. Em 2006, custava US$ 9,62. Na ponta importadora, o volume físico subiu de 8,9 milhões de pares no primeiro semestre de 2006 para 13,190 milhões nos primeiros seis meses de 2007, alta de 48%.

Os Estados Unidos continuam a ser os maiores compradores do calçado brasileiro, apesar de uma queda de 22% na quantidade comprado no primeiro semestre e de 12% no faturamento, para US$ 375 milhões. A China lidera na lista dos fornecedores ao Brasil, com alta de 53% na quantidade, para 11 mil pares. Em seguida vêm Vietnã, Indonésia, Itália e Tailândia.

Entre os setores chamados de órfãos do câmbio, o calçadista aguarda a entrada em vigor do aumento da Tarifa Externa Comum do Mercosul de 20% para 35%, pleito dos empresários junto ao governo brasileiro para conter a suposta invasão de calçados asiáticos. Há uma semana, representantes do setor se reuniram com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que, segundo a Abicalçados, comprometeu-se a dar uma resposta aos pleitos do setor em 45 dias.

Mantega designou o secretário executivo do Ministério, Nelson Machado, como interlocutor junto ao setor. Na reunião, o presidente da entidade, Milton Cardoso, destacou que o setor que não está em declínio, "mas que, apesar de manter a capacidade de produção no País, enfrenta sérias dificuldades".

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