Superávit do Paraná bate recorde histórico

A balança comercial do Paraná apresentou em janeiro um recorde histórico no seu superávit, que chegou a 183,1 milhões. Esse desempenho é 1.478% maior que o obtido no mesmo período do ano passado, quando as exportações superaram as importações em apenas US$ 11,6 milhões. O resultado deve-se ao aumento das exportações em 65,55%, enquanto as importações se mantiveram na casa dos US$ 230 milhões.

“Esses números demonstram o grande potencial de nossa economia e são extremamente importantes pois as exportações geram mais divisas para o nosso Estado, garantindo maior estabilidade para os diversos segmentos produtivos, além de mais empregos”, afirmou o secretário de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Luís Guilherme Mussi.

Apesar de colaborar com pouco mais de 8% das exportações brasileiras em janeiro deste ano, o Paraná ganhou destaque com o terceiro maior superávit entre todos os estados. A participação paranaense foi de 15,79% sobre o saldo da balança comercial brasileira do mês, que chegou a US$ 1,159 bilhão.

Argentina

Embalado pelo crescimento em 101,54% das exportações para a Argentina, tradicionalmente seu melhor parceiro no Mercosul, e a diminuição das importações daquele país, o déficit da balança comercial paranaense com os argentinos teve uma significativa redução, passando de US$ 34,8 milhões negativos em janeiro de 2002 para US$ 10,4 milhões negativos em 2003.

Apesar de o déficit continuar, os números mostram uma tendência favorável ao produto paranaense. “Além disso, esse crescimento deve promover um avanço comercial também com o Uruguai e o Paraguai”, analisa o coordenador de Assuntos do Mercosul da secretaria, Santiago Gallo. “Isso porque o efeito Argentina costuma atingir os dois países vizinhos em um curto espaço de tempo.”

Para não deixar que o comércio brasileiro fique exposto a crises como a que afetou a Argentina, a secretaria pretende incrementar o comércio com países como o Chile, a Bolívia e o Peru. Também está nos planos da pasta o incentivo à venda de produtos industrializados, que possuem maior valor agregado.

“Vamos fomentar a agroindústria e diversificar as exportações, pois é o melhor caminho para fugir da sazonalidade de certos produtos e mercados”, destaca ainda o secretário Luís Mussi.

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