A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 449 milhões na quarta semana de dezembro, elevando o resultado acumulado no ano para US$ 24,522 bilhões. No mês, o superávit comercial acumula US$ 2,450 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Na semana de 22 a 28 de dezembro, as exportações foram de US$ 1,093 bilhão, contra US$ 644 milhões em importações. A média diária das exportações foi de US$ 273,3 milhões e a de importações atingiu US$ 161 milhões.
A média diária das exportações está 17,2% abaixo da média registrada na terceira semana de dezembro, de US$ 330,1 bilhões. Isso ocorreu principalmente porque houve uma redução de 44,8% nas vendas de produtos semimanufaturados como açúcar de cana em bruto, semimanufaturados de ferro e aço e óleo de soja. As vendas de básicos também caíram no mesmo período (-32,4%) por conta da redução nas exportações de petróleo em bruto, farelo de soja e minério de ferro. No caso das importações, a média diária na quarta semana foi de US$ 161 milhões contra US$ 192,2 milhões da terceira semana.
A balança registrou um crescimento nas exportações de dezembro em relação ao mesmo período no ano passado. A média diária das vendas até a quarta semana do mês, de US$ 318,2 milhões, ficou 27,4% acima da média de dezembro de 2002, de US$ 249,7 milhões. Segundo o ministério, houve aumento das vendas de todas as categorias de produtos. Os básicos, por exemplo, apresentaram crescimento de 32,9%. Entre os itens mais vendidos estavam petróleo, farelo de soja, carnes, fumo em folha e milho em grãos.
Já os produtos semimanufaturados tiveram aumento de 30,2% em suas exportações. Neste caso, os itens mais vendidos foram açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro e aço, celulose, óleo de soja, madeira serrada e ferro fundido. Em relação a novembro de 2003, as exportações subiram 6,4% até a quarta semana do mês. As importações no acumulado de dezembro também subiram quando comparadas com o mesmo mês no ano passado. O crescimento foi de 15,4%, com a média diária das vendas passando de US$ 163,9 milhões em 2002 para US$ 189,2 milhões em 2003.
No comparativo com dezembro de 2002, ampliaram-se os gastos com adubos e fertilizantes (304,1%), borracha e obras (43,9%), cereais e produtos de moagem (38,6%), químicos orgânicos e inorgânicos (34,9%), aparelhos elétricos e eletrônicos (30,2%), produtos farmacêuticos (20,3%), plásticos e obras (18,2%) e equipamentos mecânicos (15,9%). Em relação a novembro de 2003, no entanto, as compras do país registraram uma queda de 10,9%.