Superávit da balança chega a US$ 1,9 bilhão

A balança comercial brasileira fechou ao mês de maio com superávit de US$ 423 milhões. Isto significa que as exportações (US$ 4,441 bilhões) superaram as importações (US$ 4,018 bilhões). No ano, as vendas para o exterior foram de US$ 20,973 bilhões e as compras, de US$ 19,041 bilhões, resultando num superávit de US$ 1,932 bilhão. É o maior superávit, em períodos janeiro-maio, desde 1995.

A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Lytha Spíndola, manteve a previsão do Governo de um superávit, no final do ano, de US$ 5 bilhões. “As exportações brasileiras estão crescendo mais que o comércio mundial”, afirmou a secretária.

As exportações de maio de 2002 comparadas com abril de 2002, mantiveram-se praticamente no mesmo patamar, com crescimento de 0,2%. Este número é resultado do aumento nas vendas de manufaturados, principalmente óleos combustíveis que cresceram 225,9%, num total de US$ 84 milhões.

No mesmo período, diminuíram as vendas de produtos básicos (minério de ferro e soja em grão) e semimanufaturados (ferro, aço e celulose). Segundo Lytha Spíndola, essa queda nas vendas de soja em grão deve-se, principalmente, ao exportador brasileiro que está esperando o melhor preço para vender o produto.

Já na comparação das exportações de maio com o mesmo período do ano passado, nota-se uma queda de 13,3% , com diminuição nas vendas dos três grupos de produtos.

Nas importações, comparando-se maio de 2002 com abril de 2002, houve um crescimento de 1,2%, motivado, principalmente, pelo aumento nas compras de combustíveis e lubrificantes e bens de capital.

Os principais mercados compradores do Brasil foram os países da Aladi, exceto Mercosul, Europa Oriental e Ásia. As exportações para a Argentina caíram 60,8%, pela média diária.

Expectativa confirmada

Lytha Spíndola, afirmou que a estimativa do governo de fechar o ano com superávit de US$ 5 bilhões na balança comercial está mantida. Segundo a secretária, em alguns meses do segundo semestre do ano, as exportações brasileiras ainda deverão ser muito influenciadas pela venda de produtos agrícolas.

Um dos exemplos citados por ela foi o chamado grupo soja (semente, grão farelo e óleo), cujas exportações, na avaliação do governo, deverão superar em 2002 as realizadas em 2001.

Lytha ressaltou que a safra de soja será recorde este ano e que muitos produtores estão retendo as exportações à espera de uma recuperação dos preços dos produtos desse grupo no mercado internacional, para realizar suas exportações somente no segundo semestre do ano.

A secretária acredita também que, de maneira geral, as exportações brasileiras para mercados não tradicionais serão igualmente um fator que contribuirá para que a balança comercial feche o ano com saldo positivo de US$ 5 bilhões.

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