A China registrou superávit comercial recorde com os EUA em 2017, no valor de US$ 275,8 bilhões, segundo dados publicados hoje pela Administração Geral de Alfândega do país.

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Enquanto o superávit comercial geral da China encolheu 17% no ano passado, à medida que o salto nas importações do maior consumidor mundial de commodities superou o forte avanço nas exportações, o superávit chinês com os EUA teve expansão de 10%.

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O déficit com a China é de longe o maior dos EUA entre seus parceiros comerciais.

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Desde que assumiu como presidente dos EUA, há cerca de um ano, Donald Trump tem buscado ponderar seus pedidos de redução no déficit comercial americano com a necessidade de ganhar a cooperação do governo chinês.

Em entrevista publicada ontem pelo The Wall Street Journal, Trump sugeriu que teria feito pressão maior por medidas concretas para corrigir o desequilíbrio comercial com a China, como havia prometido durante a campanha eleitoral, se Pequim não estivesse auxiliando os EUA em seus esforços para persuadir a Coreia do Norte a interromper seu programa de desenvolvimento de armas nucleares.

“Temos sido bem mais duros com a China, mas não tão duros quanto eu seria, mas eles estão nos ajudando muito com a Coreia do Norte”, declarou Trump ao WSJ.

O recorde anterior havia sido atingido em 2015, quando a China teve superávit de US$ 261 bilhões no comércio com os EUA, segundo dados locais. Pelos cálculos de Washington, os EUA registraram déficit de US$ 367 bilhões com a China em 2015.

Os números de comércio externo de China e EUA diferem em função da utilização de métodos de cálculo distintos. Embarques indiretos via Hong Kong e outros intermediários também ajudam a explicar a discrepância nos dados.

Já as importações chinesas da Coreia do Norte sofreram queda de 33% em 2017, a US$ 1,72 bilhão, numa possível indicação da cooperação de Pequim com os EUA em relação a Pyongyang. Por outro lado, as exportações da China para os norte-coreanos cresceram 8,3% no ano passado, a US$ 3,34 bilhões. Fonte: Dow Jones Newswires.