Superávit comercial acumula alta de 8,7%

Brasília (AE) – A balança comercial brasileira tem mostrado um forte desempenho em março e deve bater novos recordes. No entanto, o ritmo maior das importações em relação às exportações está fazendo com que o superávit comercial apresente menores taxas de crescimento neste ano, na comparação com o ano passado.

O saldo comercial acumulado até agora é de US$ 8,682 bilhões, um valor 8,73% maior que o registrado em igual período de 2005. Embora positiva, é uma taxa de crescimento menor do que a observada entre o primeiro trimestre de 2005 e igual período de 2004, que foi de 35%.

As vendas externas já totalizam US$ 27,112 bilhões neste ano, 17,6% a mais que no mesmo período de 2005. As importações somam US$ 18,430 bilhões, 22,3% acima do valor registrado no mesmo período do ano passado. Todos os valores acumulados no ano são recordes para o período. O mesmo ocorre na corrente de comércio (exportação mais importação), cujo valor histórico de US$ 45,542 bilhões é 19,5% maior que no mesmo período do ano passado.

Embora as importações continuem crescendo mais que as exportações, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior projeta que as vendas devem encerrar o mês acima de US$ 11 bilhões, o que ocorreu apenas duas vezes no ano passado. Faltando uma semana para fechar os números e com 18 dias úteis, a balança comercial de março já superou o resultado de todo o mês de fevereiro, que teve 18 dias úteis.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, na quarta semana de março, a balança comercial apresentou exportações de US$ 2,563 bilhões e importações de US$ 1,699 bilhão, resultando em superávit de US$ 864 milhões. No acumulado do mês, as vendas externas somam US$ 9,091 bilhões e as importações, US$ 6,075 bilhões, com saldo comercial de US$ 3,016 bilhões.

As exportações já superam em 3,9% as vendas de fevereiro e as importações estão 2,5% acima do mês anterior. Na comparação com março do ano passado, as vendas externas já são 20,1% maiores e as importações superam em 25,7% as de março de 2005. 

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