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Brasília (AE) – Os programas de equalização das taxas de juros do crédito rural resultaram em benefícios para toda economia, segundo um estudo feito pelo professor Erly Teixeira e o mestrando Eduardo de Castro, divulgado ontem pelo Ministério da Agricultura. A pesquisa mostra que para cada R$ 1,00 gasto pelo governo com esse tipo de subsídio na agricultura, há um crescimento no Produto Interno Bruto (PIB) de 75% para a agricultura familiar e 25% para a agricultura comercial.

Além disso, os pesquisadores sustentam que também para cada R$ 1,00 gasto com os programas, há um aumento na arrecadação de impostos de 16,9% em relação à agricultura familiar e 37% em relação à agricultura comercial. O professor Erly Teixeira informou que o objetivo do estudo era verificar se há argumentos econômicos e não apenas políticos para que todos os governos mantenham programas de subsídios à agricultura.

"O impacto que verificamos é mais abrangente do que o mero discurso político", disse Teixeira. O levantamento foi realizado tomando como base o ano safra 2002/2003 e considerando também os gastos do Tesouro, de cerca de R$ 1,5 bilhão, nesse período, com a equalização das taxas de juros na agricultura. O total de recursos equalizados para agricultura foi R$ 7,2 bilhões.

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O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin, afirmou que o governo federal pretende ampliar cada vez mais o crédito para o setor agrícola e defende subsídios que não distorçam os preços internacionais. Ele informou que para financiar a safra 2004/2005 o total do crédito agrícola é de R$ 46,5 bilhões.

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