O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, acredita que um acordo para reestruturar a governança do fundo poderá ser atingido nas próximas semanas. “As discussões são duras, mas há uma boa chance de que a reforma das cotas seja concluída”, disse Strauss-Kahn, falando em sessão plenária da reunião anual do FMI e do Banco Mundial. A reforma deverá transferir mais poder de voz e voto aos dinâmicos países emergentes.
Strauss-Kahn ligou a reestruturação a uma maior responsabilidade na economia internacional e aos esforços para fortalecer a colaboração, conseguir o reequilíbrio global e lidar com o desalinhamento das moedas. Embora tenha afirmado que as economias avançadas precisam se comprometer com estratégias fiscais mais diligentes para estimular o crescimento no médio e no longo prazo, ele indicou que a China precisa valorizar o yuan.
Juntamente com a reforma na governança “vem uma mudança na responsabilidade, será preciso fazer escolhas que levem em conta não só sua economia, mas a economia global”, disse Strauss-Kahn. Ele reiterou os pedidos para aprimorar a cooperação global, alertando que a coordenação não é tão forte entre as nações como foi durante a recessão global.
O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, também falando na sessão plenária, disse que o grupo das 20 principais economias do mundo (G-20) pode ajudar a melhorar a coordenação econômica global. Embora passando por recuperação, a economia global enfrenta muitos riscos de queda, alertou Strauss-Kahn. Ele citou o aumento da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) em muitos países desenvolvidos, assim como o caráter da recuperação sem criação de emprego, como um desafio da economia global. Ele exortou os governos a adotarem planos confiáveis de redução de déficit de longo prazo e para fortalecer as reformas do setor financeiro. As informações são da Dow Jones.