O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse nesta terça-feira (24) que caso as empresas, cooperativas e os grupos de produtores não iniciem os investimentos para exploração das minas de fósforo nos volumes necessários ele irá recomendar ao governo que seja feito algum tipo de intervenção. "Essa não é ainda uma visão do governo, é a minha. Mas se algo não for feito vou sugerir, se for o caso, que a Petrobras crie uma empresa para explorar essas minas que estão em concessão para as empresas", disse o ministro ao afastar a possibilidade de uma estatização das minas.
No caso do fósforo, o Brasil ainda depende de importações, mas pelas minas que já foram descobertas o País teria condições de ser auto-suficiente e até atuar no mercado como exportador num prazo de cinco a dez anos.
Sobre o potássio, Stephanes lembrou que 90% da demanda nacional é importada, mas que algumas minas podem reduzir essa dependência. "Isso virou uma questão de segurança nacional. Temos uma mina no Amazonas que ainda tem alguns problemas técnicos e ambientais, mas que estão sendo solucionados", disse Stephanes.
O ministro informou, ainda, que pretende conversar com as empresas produtoras de fertilizantes para criar uma agenda positiva, envolvendo o início dos investimentos e os volumes a serem explorados. Segundo Stephanes, representantes da Bunge estiveram reunidos ontem com a equipe do ministério para apresentar os planos da empresa. Ele não soube, no entanto, dar detalhes do que foi conversado.