O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou nesta quinta-feira (2) que pediu ao México a abertura do mercado local para a carne suína produzida em Santa Catarina, o credenciamento de mais laticínios para exportação de leite e derivados, uma cota para venda de frango brasileiro e a autorização para exportar arroz do Rio Grande do Sul. Stephanes está no México esta semana.
O ministro não falou em volumes de exportação, mas afirmou que as conversas iniciais foram muito positivas. O otimismo não significa, segundo o ministro, que a missão que está no México sairá de lá com negócios fechados.
Stephanes participou de seminário hoje na Cidade do México, em que compareceram cerca de 400 empresários. Para esta platéia o ministro destacou a eficiência da produção agrícola do Brasil e disse que a agricultura nacional é uma das poucas na mundo que "não é subsidiada e consegue produzir a preços baixos".
Carnes
Stephanes citou o Brasil como uma opção de fornecedor mundial de alimentos e disse que o País exporta para 140 países, ocupando o lugar de maior exportador de carnes do mundo. Essas características mostrariam, segundo o ministro, que o Brasil é eficiente e que está adaptado às normas e exigências dos compradores internacionais.
Durante o seminário, o ministro da Agricultura brasileiro foi muito questionado sobre a questão do meio ambiente e da sanidade animal. "Eu disse a eles que o Brasil trata das duas questões com muito vigor", disse ele, que convidou os empresários mexicanos a visitar plantas industriais no País.
Biodiesel
O ministro também foi questionado sobre a produção de etanol e sobre o modelo brasileiro para o biodiesel. Ele contou aos empresários que a produção de matérias-primas para o biodiesel é feita por pequenos produtores. Stephanes admitiu que é difícil negociar com o México por conta dos acordos que o país tem com os Estados Unidos e com o Canadá, que garantem preferência de mercado. Ainda hoje o ministro participará de encontros com governadores mexicanos para tratar da questão do etanol.